Genérico, ‘Agente Stone’ é apenas mais um filme de ação esquecível

Falar das recentes produções de ação da Skydance Mídia vem se tornando uma tarefa um tanto complicada. Eu não me refiro a todas, é claro, ressaltando aqui que os dois últimos filmes da franquia Missão Impossível são excelentes e Air é uma outra produção recente muito competente. Quando falo da dificuldade de escrever a respeito, me refiro às produções de ação que estão sendo lançadas diretamente em streamings, como Esquadrão 6, A Guerra do Amanhã, The Old Guard e Ghosted, filmes que sofrem de problemas bem similares e, devido a isso, limitam minha argumentação, me causando o sentimento de estar constantemente me repetindo.

Entretanto, eu entendo que o problema é estrutural e o fato de eu repetir (o que não tentarei fazer aqui, mesmo acreditando que não vou conseguir) é uma consequência da lógica adotada por esses filmes, todos que estão inseridos dentro de um padrão que segue um interesse na estrutura comercial, chamativa e vendável. Para isso, é fácil, basta investir entre US$100 e US$200 milhões de dólares, convidar uma superestrela para protagonizar o filme, escrever um roteiro frágil e mal feito com todos os clichês do gênero e, na hora de gravar, usar um telão verde com acabamento bem inferior aos apresentados pelos recentes filmes da Marvel.

Agente Stone, infelizmente, é mais um desses filmes que se encaixam nessa lógica comercial da Skydance. Estrelado por Gal Gadot, o filme parece uma versão do camelô de Missão Impossível: Há uma organização de espionagem que precisa defender o mundo de eventos com potenciais catastróficos, nesse caso, de uma inteligência artificial que pode ser usada para fins destrutivos; há agentes duplos, traições de quem ‘‘menos esperamos’’ e etc. Só não há qualidade e o cuidado do filme supracitado, algo que, em Agente Stone, foi deixado de lado desde a sequência inicial. Garantindo logo de início uma cena a la Tom Cruise, com Gadot descendo uma montanha utilizando apenas uma pipa de snowboard, a experiência é completamente estragada pelo uso de GCI mais mal feito que vi desde Ghosted, outra produção Skydance.

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De modo generalizado, existe um descuido muito grande com a produção, algo que não deveria acontecer devido aos US$200 milhões gastos. Agente Stone é genérico, possui péssimas sequências de ação – o que deveria ser a alma do filme, certo? – e atuações sofríveis, principalmente vindo de Gadot, que acrescenta mais uma bomba de filme em seu portfólio.