Kraftwerk em versões Surf e Rockabilly pelo The Routes; Ouça


The Routes - The Twang MAchine

Tributos ao Kraftwerk já vimos muitos, como esse dos japoneses da banda garagista The Routes talvez seja a primeira vez. O trio liderado pelo guitarrista e vocalista Chris Jack pega a música de tons gélidos dos alemães, criada numa cinzenta Berlim, na década de 70, e transforma em versões quentinhas, convertidas para o calor das praias do Hawai, por exemplo, e com fortíssimo apelo ao bailar.

Os mais conservadores acharão uma heresia, uma subversão dentro de uma ordem estabelecida quando se trata da música do grupo alemão, já que muitas versões poderão soar como paródias aos originais. Aqueles que se despirem da visão canônica e se permitirem atravessar as onze versões feitas pelo grupo poderão se deleitar com releituras de canções dos vários álbuns do grupo de Ralf Hutter e Florian Schneider, com foco maior em Man Machine (1978), que comparece com maior número de faixas, três; Trans Europe Express (1977) e Computer World (1981), com duas cada.

Após dois álbuns iniciais mais voltados para a sonoridade garagista da década de 60: Left my Mind (2007) e Alligator (2011), em 2012, Black resolveu fazer um álbum só de canções instrumentais, devidamente batizado de Instrumentals. Voltaria a isso em outros momentos da carreira do grupo. Shake Five, um dos três álbuns lançados em 2021, seguia por esse caminho, e The Twang Machine segue o mesmo embalo.

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Com todas as versões instrumentais, o grupo substitui os vocais pelos riffs de guitarra. Aqui pode-se encontrar o Surf Music de “Computer World” (das melhores do álbum), o Cha Cha Cha de “The Model”, os climas de trilha sonora para Western Spaghetti de “Showroom Dummies”, numa versão antológica, ou o ritmo havaiano de “Neon Lights”. São amostras do que será encontrado nessa divertida homenagem a um dos grupos mais influentes da música eletrônica.


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