HÆLOS – Any Random Kindness (2019)



“Apesar da boa influência do Trip-Hop, falta inspiração no novo trabalho dos ingleses da Hælos”

‘Another Universe’, a canção que abre o novo trabalho da banda inglesa Hælos, é uma bela viagem etérea que trafega entre momentos calmos e explosivos: sintetizadores e a voz de Lotti Benardout numa harmonia ímpar; essa canção poderia estar em algum álbum do Portishead e/ou do Massive Attack. Infelizmente, ‘Any Random Kindness’ não segue nesta linha e escapa de ser um grande disco na íntegra.

O trip-hop 90’s é sim influência maior para os ingleses e funciona bem em certas faixas, mas ao buscar um contato maior com a eletrônica dançante e focada em batidas (‘End Of World Party’ e ‘Happy Sad’) sem inspiração, esquecendo de paisagens mais contemplativas e climáticas, o trabalho destoa e o potencial do grupo acaba disperso.

Numa mistura de regularidade, outras faixas voltam a ter o mesmo brilho como ‘Kyoto’ (com direito a scratches) e ‘Deep State’, que expõe um piano melancólico. Falta ao grupo um envolvimento maior com arranjos rebuscados, uma eletrônica que esteja mais entrelaçada aos elementos orquestrados, recursos esses que seriam ideais e complementariam o charme da voz de Benardout. É um disco com influências de um grande movimento da música, porém que não captura por completo esse espírito e perde bons momentos.

:: NOTA: 5,8


NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano:
Isaac Lima:
Luciano Ferreira:

MÉDIA: 5,8


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::FAIXAS:
01. Another Universe
02. Buried In The Sand
03. End Of World Party
04. Kyoto
05. ARK
06. Boy/Girl
07. Deep State
08. Empty Skies
09. Happy Sad
10. So Long, Goodbye
11. Last One Out (Turn The Lights Off)
::


:: Mais Informações: Facebook/Site oficial


:: Assista ao vídeo de ‘Kyoto’:

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2 Comments

  1. Ângelo Fernandes
    29/05/2019

    Concordo com a (boa) resenha… Ideia interessante, porém mal executada – “Kyoto” e “Deep State” são as exceções.

  2. Eduardo Salvalaio
    30/05/2019

    A primeira canção, ‘Another Universe’, é interessante também. E depois dessa abertura, esperava mais do disco, confesso. Mas a inspiração da banda é boa, ela acerta em alguns momentos e sempre fica pra gente a espera de um próximo trabalho. Grato pelo comentário, Ângelo.

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