Marseille promove o encontro entre o Britpop e o Madchester


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Foto: Anya Forrest

Prestes a lançar seu primeiro álbum, Marseille se inspira na música do 80/90 com toques dos 60’s

Para os saudosistas daquele período específico (final dos anos 80 e início dos anos 90), quando bandas de Manchester como The Stone Roses e Oasis dominavam as paradas com suas músicas dirigidas por guitarras sixties e atitude propositadamente arrogante, encontrar nessa década de 20 grupo de Derby Marseille pode reacender a chama de uma época que se foi de forma aparente, já que se manteve acessa em uma série de grupos que não se tornaram tão conhecidos fora do solo britânico – mas sempre no radar dos “caçadores de novidades musicais”.

E não, eles não escondem suas influências, como deixaram claro em uma entrevista de 2022: “Oasis, The Stone Roses e muitas outras bandas de brit rock e indie, enquanto Led Zeppelin e Pink Floyd influenciam a maneira como tocamos guitarra. Will [o vocalista] começou tocando baixo, muito influenciado pelo Gorillaz, mas quando ele começou a cantar, algumas pessoas disseram que ele soava como Liam Gallagher”.

E suas pretensões também são bem explicitadas: “Gostaríamos de mudar a indústria, fazer coisas mais tradicionais com a composição das músicas, o processo de gravação, trazendo de volta o fator rock com a arrogância indie”, afirmou o vocalista Will Brown.

Marseille foi formada no final de 2021, e tem em sua formação atual Will Brown (voz), Joe Labram (guitarra solo/backing vocals), Lennon Hall (guitarra base/backing vocals), Will Sabey (baixo) e Tom Spray (bateria/percussão), e uma idade média de apenas 19 anos. Desde 2022 eles tem mantido uma rotina de singles e EP’s, com destaque para This Dream is Mine, EP de 2023 contendo quatro faixas, incluindo a encantadora “I Love You (So Much More)”. Suas performances ao vivo tem sido elogiadas e ganhado adjetivos como “cativantes”.

Entre guitarras jangle, distorções e um timbre vocal que remete a Liam Gallagher (Oasis), Marseille tem sido apontado de forma exagerada por alguns veículos como o início de algo, e eles mesmos assumem a pretensão: “Queremos ser a banda que dá o pontapé inicial no movimento de volta ao rock e à música indie, para ajudar a preencher o enorme buraco que bandas como Oasis deixaram na música” [NE: Na época da entrevista o Oasis ainda estava separado].

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Godiva (2024), um EP de quatro faixas onde a banda passeia pelo Brit-Pop, Indie-Rock e pelo Shoegaze de tons psicodélicos do The Verve (“She Can Fly”); e o single “History”, lançado na última sexta-feira (presente em nossa Playlist da semana), são os mais recentes lançamentos do Marseille, que atualmente estão sediados na pequena gravadora independente londrina Echo Bass Records.

Tudo indica que o primeiro álbum do grupo está pronto e deve sair ainda esse ano. Será que, enfim, a música saudosista e derivativa do Marseille os levará mais longe… OU NÃO?

 

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