‘Ripples’ marca retorno de Ian Brown em álbum pouco empolgante


Foto de Ian Brown para resenha do àlbum "Ripples

Reencontrar Ian Brown alguns anos depois com seu recém lançado Ripples provoca sentimentos confusos, reflexões sobre a vida, avaliação de possibilidades, perguntas que jamais serão respondidas e a certeza de que o melhor que o vocalista fez ao longo de sua história como músico está lá na discografia de sua antiga banda, o The Stone Roses.

Embora a sombra das ótimas composições em parceria com o guitarrista e ex-companheiro de banda John Squire sempre pairasse tanto do lado de Ian quanto do de John (com o The Seahorses ou solo), em Ripples ela se torna enorme, mas não é o motivo principal da falta de empolgação que o álbum transpira mesmo nos escassos momentos agradáveis, como na homônima canção “Ripples”, uma revisitação a sonoridade Madchester.

O timbre de voz de Ian (no piloto automático em todas as faixas) ainda bate lá na memória afetiva, mas os arranjos frouxos, pouco inspirados, sem concessões a construções melódicas, torna a audição do álbum melancólica em alguns momentos.

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Mas não a melancolia exalada pelas canções, mas pela sensação de que Ian parece um tanto perdido em sua própria “casa”, lutando para abrir o portão e chegar até o quintal, mas caindo desanimado no sofá após acender alguns baseados e ouvir seus discos de Reggae e Dub.


Capa do álbum "Ripples", de Ian Brown

FAIXAS:

01. First World Problems
02. Black Roses (Barrington Levy cover)
03. Breathe And Breathe Easy (The Everness Of Now)
04. The Dream And The Dreamer
05. From Chaos To Harmony
06. It’s Raining Diamonds
07. Ripples
08. Blue Sky Day
09. Soul Satisfaction
10. Break Down The Walls (Warm Up Jam) (Mikey Dread cover)


 

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