‘Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um’ mantém a boa forma da franquia


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Após tempos sombrios para a humanidade, o Cinema retomou em 2022 como um ano de recuperação e possuiu Top Gun: Maverick (2022) como um dos principais filmes na linha de frente no objetivo de ‘‘salvar o cinema’’. Liderado por Tom Cruise, mais do que um sucesso inquestionável de bilheteria, Top Gun se revelou como um dos melhores filmes daquele ano. Nesse momento, a pandemia do Covid-19 não é mais um empecilho para ir às salas, o cinema não precisa ‘‘ser salvo’’, mas Tom Cruise realizou a façanha de entregar Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um, outro grande filme de ação pelo bem do cinema.

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um dá continuidade a uma espécie de resposta, uma refutação ao pensamento de senso comum sobre filmes de ação serem filmes menores, seja pelo desgaste de sua características – que viram clichês – ou pela ausência de um subtexto inteligente, de uma mensagem profunda para a sociedade. Eu digo ‘‘continuidade’’, pois a realização de um trabalho bem feito, refrescante para o gênero parece ser a marca de toda a franquia, do abraço ao maneirismo no primeiro filme à imprevisibilidade que renega atos divididos em plots de Missão: Impossível – Efeito Fallout. Em tais constantes renovações, Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um nos oferece mais um novo caminho para as missões de Ethan Hunt.

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Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Ving Rhames e Simon Pegg em Missão: Impossível – Acerto de Contas

Usando a inteligência artificial como grande vilã para o sétimo filme, Christopher McQuarrie, responsável pela direção da franquia desde o ótimo Protocolo Fantasma (2011), se opõe ao status do filme anterior quanto à imprevisibilidade. Em Acerto de Contas, o imprevisível entra em cena não como uma maneira de estruturar a história, mas como algo que precisa ser negado, mesmo que tenha uma importância crucial. De maneira mais objetiva, eu quero dizer que, quando Ethan Hunt entende que está lidando com uma AI que sabe todos os possíveis finais, o roteiro de McQuarrie antecipa todos os passos do herói. Dessa forma, o filme explica os planos de maneira meticulosa para que Hunt encontre nos imprevistos seus grandes momentos e, portanto, os grandes momentos da produção.

+++ Leia a crítica de ‘Resgate 2’, de Sam Hargrave

Quando digo grandes momentos, estou me referindo ao que vem marcando a franquia desde de Protocolo Fantasma: a dedicação e coragem de Tom Cruise em protagonizar grandes sequências, grandes cenas. Nesse sentido, Acerto de Contas, mesmo sendo a primeira parte de uma história dividida em dois filmes, não teme, não nos nega Tom Cruise se arriscando, entregando momentos eletrizantes e de tirar o fôlego. Tais cenas, inclusive, não ficam ‘‘jogadas’’ na narrativa, não caem em uma possível convenção de se apropriar da ‘‘face’’ da franquia e tornar Acertos de Contas um filme de ‘‘ação pela ação’’. Pelo contrário, elas se assentam perfeitamente na construção acerca da AI e também da preocupação de Ethan com seus personagens secundários.

CLIQUE PARA ASSISTIR AO TRAILER

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FICHA TÉCNICA E MAIS INFORMAÇÕES:

TÍTULO ORIGINAL: Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One
ANO: 2023
GÊNERO: Ação, Aventura
PAÍS: EUA
IDIOMA: Inglês
DURAÇÃO: 2:43H
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
DIREÇÃO: Christopher McQuarrie
ROTEIRO: Bruce Geller, Erik Jendresen, Christopher McQuarrie
ELENCO: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Vanessa Kirby e outros
AVALIAÇÕES: IMDB | Rotten Tomatoes

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