‘A Boy And His Blob’ é um jogo de plataforma 2D/puzzle com uma história que já data desde 1989. Primeiramente, o jogo saiu para o NES da Nintendo, mas tinha o nome de ‘A Boy and His Blob: Trouble on Blobolonia’. Vinte anos depois (2009), como edição de aniversário, o jogo ganhou uma versão para o console Wii (também da Nintendo). Agora, em 2016, o jogo aporta em alta definição para os consoles PS3 (versão testada), PS4, Vita e Xbox One. Também chega para Windows, Linux e OS X.
Na história dos jogos, parcerias sempre foram um tema frequente. Dois personagens atuando juntos em prol de fechar desafios e resolver enigmas, além de ir adiante e chegar ao final. ‘Dead To Rights: Retribution’ nos fornece a companhia do cachorro Shadow, em ‘Brothers: A Tale of Two Sons’ temos dois irmãos, cada um com suas habilidades essenciais em determinadas partes do jogo. Aqui, neste caso, um garoto precisará de uma bolha para se aventurar pelas fases. Buscando certa originalidade, o objetivo do jogo é transformar a bolha em dezenas de objetos conforme as necessidades do cenário. Escada, buraco, bola, trampolim, balão e até um robô. Cada transformação nos fará passar por inimigos ou mesmo concluir um cenário. Saber usar cada uma é importante para não ficar perdido/preso e seguir adiante. Não só passar as fases, mas coletar caixas torna-se um desafio a mais para o jogador, sobretudo o hardcore.
Claro que o jogo é indicado mais para os fãs de puzzles, aqueles que cresceram gostando desse gênero, porque há certos momentos de realmente a solução ser difícil e exigir várias tentativas, momentos que exigem paciência. E ao contrário de outros jogos 2D como ‘Rayman’ e ‘Puppeteer’ que trazem uma jogabilidade mais acelerada e que exigem reflexos rápidos, ‘A Boy And His Blob’ faz o jogador parar, observar e tentar inúmeras possibilidades de elucidar mais um enigma.
A cada fase percorrida na história, puzzles mais intrincados surgem. Citando a história, estamos diante de mais um jogo, a exemplo do ótimo ‘Limbo’, onde o interessante seja chegar inclusive no final da história do que entender como tudo começou, pois desde o início já somos deslocados para os desafios, meio que sem muita explicação (isso não é ruim, entendam bem). Até os comandos serão descobertos aos poucos pelo jogador.
Claro que o jogo tem lá seus pontos negativos. A resposta dos comandos por vezes é lerda e ineficiente. Os cenários ganharam uma pintura com realce, porém sem muitas firulas, ainda que o jogador perceba que tudo poderia receber um melhor polimento, sobretudo para os consoles atuais (quase nada mudou de 7 anos atrás). Outro aspecto que muitos podem reclamar, inclusive os jogadores mais hardcores, fica por conta de algumas placas com símbolos que podem entregar qual objeto se adapta melhor àquela situação (entenda como pistas pelos cenários).
‘A Boy And His Blob’ não é uma revolução. Entretanto, é uma boa opção para quem pretende conhecer o jogo e que deixou passar batido as versões de 1989 e 2009. Além disso, ainda representa a magia de um jogo em 2D, por mais minimalista que seja. Não tem a superprodução de um AAA*, entretanto cativa o jogador que cresceu procurando não só a diversão nos jogos, assim como se obrigar a ser mais pensante e desvendar a história passo a passo.
* AAA é uma expressão usada para jogos de produtoras mais reconhecidas/renomadas do cenário dos videogames. São jogos que geralmente recebem muito hype e que vendem bastante. Exemplos: Assassin’s Creed e Grand Theft Auto.
Nota: 7,0
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