The Cure no Brasil – O que esperar da volta da banda ao país após 10 anos


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The Cure ao Vivo, em 2023

A essa altura, todos já sabem que a banda inglesa The Cure irá se apresentar entre novembro e dezembro na América do Sul, no festival Primavera Sound: Argentina (Buenos Aires), Brasil (São Paulo), Colombia (Bogotá) e Paraguai (Assunção), além de shows que fazem parte da sua turnê A Lost World Tour: no Chile (Santiago), Peru (Lima) e Uruguai (Montevideú).

Com sua agenda praticamente fechada, a pergunta é se a banda fará algum show em outra cidade do Brasil como parte da sua turnê, considerando que há um espaço de 4/5 dias entre o show de São Paulo (02 ou 03/12), no Autódromo de Interlagos, e o de Assunção (07/12), e se esse espaço de tempo é suficiente para isso. Considerando também que existe toda uma estrutura de palco e som a ser montada.

Para quem não gosta, não tem pique para a maratona de shows ou simplesmente não está disposto a pagar um valor mais alto de um festival, ver a banda em um show à parte – como acontecerá em outros países – é a solução. Além disso, fica a pergunta se tocando em um festival a banda terá o tempo disponível para sua apresentação, cujo setlist tem cerca de três horas de duração.

Somado a isso, o The Cure tem sido acompanhado em sua turnê por duas bandas para lá de interessantes e de gerações diferentes entre si e mais ainda em relação ao grupo: The Twilight Sad e Just Mustard – ambas entre as preferidas da casa.

A parceria com os escoceses do The Twilight Sad e sua música de climas densos e camadas de guitarra (pelo menos no início da carreira) vem de longa data. O próprio Robert Smith já se declarou fã da banda, e o grupo, liderado pelo vocalista de sotaque acentuado James Graham e o guitarrista Andy MacFarlane – membros remanescentes dos primórdios do grupo -, chegou a fazer cover do The Cure, da faixa “M”, do álbum Seventeen Seconds (1980). A volta do grupo, após um período turbulento antes de seu derradeiro álbum, o ótimo It Won/t Be Like This All the Time (2019), quinto de sua discografia, segundo Graham, aconteceu graças ao incentivo de Robert Smith.

Mais recente, a banda irlandesa Just Mustard tem nos vocais de Katie Ball um dos seus maiores pontos de atração. Com uma sonoridade que remete aos ingleses do Cranes (outra preferida da casa), a banda é outra que caiu nas graças de Robert Smith (assim como o Cranes na década de 90) após o lançamento de seu último álbum, Heart Under (2022), e talvez por essa proximidade sonora, foram convidados para acompanhar o grupo em sua mais recente turnê.

Para além disso tudo, a vinda do grupo ao Brasil é acompanhada de grande expectativa de que sejam tocadas canções que estarão no longamente aguardado novo álbum do grupo, Songs of a Lost World, anunciado desde 2019, mas que até o momento não se sabe se verá a luz ainda esse ano.

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Com uma carreira de 45 anos, 13 álbuns de estúdio, o The Cure construiu uma reputação enorme e possui uma legião de fãs fiéis que abrange diversas gerações. Em seu show mais recente, no Madison Square Garden (em Nova Iorque), o setlist de 31 canções teve desde faixas do início da carreira como “Jumping Someone Else’s Train” e “Grinding Halt”, tocadas pela primeira vez nessa tour, quanto “Alone”, “A Fragile Thing”, “And Nothing Is Forever”, “I Can Never Say Goodbye” e “Endsong”, cinco das faixas que estarão no novo disco (ASSISTA APRESENTAÇÃO AO FINAL DO TEXTO).

Tomando todos esses aspectos citados, há um outro ainda: essa pode ser a última vez do The Cure no Brasil. Esse ingrediente a mais reforça todo o frisson que foi criado desde que a banda anunciou que estenderia sua turnê pela América do Sul, e agora amplificado pela dúvida sobre quantas apresentações a banda fará no Brasil em 2023.

THE CURE AO VIVO NO MADISON SQUARE GARDEN, 20/06/2023

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