dreampop
AIRIEL – Molten Young Lovers (2017)
“Guitarras hipnóticas em viagens embrulhadas em noise reconfortante” O mundo da música alternativa é realmente difícil. Dez anos separam esse segundo álbum do Airiel do seu debut, ‘Battle of Sealand’ (2007). E duas décadas é o tempo de existência do projeto de Jeremy Wrenn (vocal e guitarra). No percurso vários EP’s, shows com a banda …
Assista Slowdive no The Garage (2017)
::Após vinte e dois anos de hibernação, os ingleses do Slowdive, uma das bandas responsáveis pelo surgimento do shoegaze, lançaram o auto-intitulado álbum esse ano, colhendo críticas que variaram de boas a excelente. Paralelamente a banda tem seguido uma rotina de apresentações, várias delas registradas em vídeo com qualidade de som e imagem excelente, o …
Em disco de retorno, Slowdive mantém os elementos característicos de sua música
A lembrança maior que tenho dos ingleses do Slowdive é de quando fui apresentado à banda por um amigo. Ele retornando de São Paulo em 1993, com muitas novidades musicais em K-7’s (na época então, nosso modo de guardar e conhecer música). Quando ele deu play na fita, perguntou o que eu sentia ao ouvir os …
Novo trabalho do Lush, ‘Blind Spot’ mostra a banda como ela mesma
Os últimos anos viram a volta à ativa de diversos expoentes de uma “cena” noventista que ficou conhecida pelo famigerado nome de shoegaze (observadores de sapato) ou “the scene that celebrates itself” (a cena que se celebra). Termos que musicalmente não dão ideia de absolutamente nada, mas que acabou servindo para rotular bandas que mantinham …
‘Unless’ e o frescor juvenil no Dreampop acelerado do trio Crescendo
Crescendo é um trio de Los Angeles que chega ao seu segundo álbum através do coletivo We Were Never Being Boring (WWNBB), que abriga uma diversidade de artistas independentes. Em 2014 haviam dado início a sua discografia com “Lost Thougts”, com uma sonoridade embrionária do que viriam apresentar aqui em “Unless”. Admitindo como influências principais de The …
‘Blue Bell Knoll’ traz canções oníricas para embalar momentos diversos
Nos idos de 1989, apesar de muito falados por aqui através da revista Bizz, pouco ou nada chegava até a nós dos escoceses do Cocteau Twins. Uma entrevista e uma matéria publicada pela revista nos tentavam a ir à busca de algo da banda urgentemente. Precisava conhecê-los. Como a vida é cheia de surpresas, e …
‘Universal Road’ oscila na parceria entre ícones do Dream-Pop e Shoegaze
Em 2012 Robin Guthrie (Cocteau Twins) e Mark Gardener (Ride), figurinhas carimbadas do universo shoegaze/dreampop, resolveram fazer uma parceria, daí saiu o single “The Places We Go” e uma série de shows juntos. Foram além, compuseram Universal Road, álbum de dez faixas que não inclui a citada “The Places We Go”, mas segue as tendências …
‘Guilty of Everything’: cortinas de guitarra assolando os ouvidos com brutalidade e delicadeza
Não se deve dar ouvidos a tudo que falam, nem acreditar em tudo que se lê. Estar com os ouvidos abertos para escutar e a partir daí julgar se aquilo lhe serve ou não. Essas regras servem para nossa conduta diária, e serve também quando se trata de música. Isso porque às vezes as referências …
SCARLET YOUTH – Goodbye Doesn’t Mean I’m Gone (2010)
Scarlet Youth é um quinteto finlandês formado por membros de quatro outras bandas (Iconcrash, ShamRain, Kemopetrol e Sidewaytown). Já haviam aparecido por aqui em 2009 com o EP ‘Breaking the Patterns’, um aperitivo que abriu o apetite para o álbum cheio, Goodbye Doesn’t Mean I’m Gone. No EP eles tanto enveredavam por um lado de …
TRÊS DISCOS: Big Troubles, Amusement Parks on Fire, Alcest
BIG TROUBLES – Worry (2010) Afeitos a pedais fuzz, distorções diversas e elementos eletrônicos, o som do Big Troubles, grupo de Nova Jersey, incorpora influências que vão do dream-pop ao lo-fi, passando pela neo-psicodelia de grupos como Telescopes. Em alguns momentos se aproximam do A Pains of Being Pure at Heart, só que o som …
Sonhando acordado com ‘Devotion’, do duo Beach House
A afirmação de se sentir “embrulhado” pela música pode ter uma conotação dúbia, melhor seria dizer sugado para dentro das atmosferas ou hipnotizado pelos climas atraentes de “Devotion”. A voz aveludada que parece cantar numa imensa igreja barroca, é a indução à hipnose. Junto com as bases serenas, repetitivas e sem sobressaltos, vão envolvendo pouco a …