Crescendo é um trio de Los Angeles que chega ao seu segundo álbum através do coletivo We Were Never Being Boring (WWNBB), que abriga uma diversidade de artistas independentes. Em 2014 haviam dado início a sua discografia com “Lost Thougts”, com uma sonoridade embrionária do que viriam apresentar aqui em “Unless”.
Admitindo como influências principais de The Smiths e dos suecos do The Radio Dept, a música do grupo passeia por um lado melódico com toques de jangle-pop no uso de dedilhados e melodias ensolaradas, mas não se esquece das guitarras distorcidas e viajadas que revelam as influências shoegaze e dreampop.
As canções são curtas, diretas e aceleradas, com os vocais ecoantes dividindo-se entre Gregory Cole e Olive Kimoto. Há potencial radiofônico em algumas canções de “Unless”, destacando-se aquela que parece ser o carro chefe do álbum, a viciante “Repulsor” e a também contagiante “Pressure”. Outra que chama a atenção é “Haunted”, com clima que remete a “Just Like Honey”, do Jesus and Mary Chain, adornada com tecladinhos que dão um clima mais sutil, enquanto na letra Olive pede para ser assustada.
É um álbum sem grandes pretensões. Funciona muito bem em seus trinta minutos, sendo dispensáveis as três faixas instrumentais que pouco acrescentam, nas outras dá pra colocar pra tocar em festas ou ouvir num passeio de carro ou bicicleta, ou agitar numa apresentação ao vivo. Detalhes: Gregory é um dos organizadores do festival Dreamgaze e a faixa “Pressure” tem participação de Frankie Soto, membro da banda californiana de dream-pop Surf Club.
PARA FÃS DE: DIIV, Wild Nothing, The Radio Dept
:: FAIXAS:
01. Intro
02. Repulsor
03. Tell
04. Last
05. Haunted
06. Said
07. The Morning Sonata
08. Space Cadett
09. Pressure (Feat. Frankie Soto)
10. Transformer
11. Yet
12. Softly
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