CRÍTICA | Fluxteria (Playstige, 2020)


Fluxteria Game

Fluxteria segue na contramão dos tradicionais, criativos e desafiantes jogos de nave

Preço convidativo. O rápido apelo com a nostalgia dos jogos old-school de nave. Quatro modos de jogo: Assault, Obstacle, Survival e Time Attack. Fluxteria tinha como dar errado? Não. Mas, deu.

O jogo que saiu para o Nintendo Switch e para o PS4 sofre de várias falhas e não anima o jogador a sequer dar o replay. Mesmo com a chegada da recente edição, recebendo papéis de parede e avatares como bônus, o Urge! cita os motivos que não valem a compra do jogo.

Os quatro modos apresentam cinco cenários. Em Assault, uma missão nos é dada e devemos atingir um objetivo, tudo bem rápido e linear. Obstacle Mode oferece percursos com vários obstáculos para desviarmos, Survival consiste de ficar vivo por um tempo abatendo um número determinado de inimigos e, por fim, Time Attack é sobre coletar objetos espalhados pelo cenário num determinado tempo.

Assault Mode não tem apelo e nem ao menos rende desafio ao jogador pela pouca variedade de inimigos, objetos e objetivos pelo cenário. O interessante talvez seria o jogo ter um modo campanha com uma duração mais longa e cenários mais vastos.

Obstacle talvez seja o modo que ofereça mais resistência ao jogador, isso porque a movimentação da nave é péssima, truncada demais. Os comandos não funcionam eficientemente. O Slow Motion e o sistema de loop acabam não servindo para muita coisa. É muito fácil você ficar preso a um obstáculo a todo instante e perder todas as vidas sem ao menos ter tempo de reagir.

A navegação da nave é péssima. Não possui velocidade constante, quase num estado de inércia. Para acelerar, um botão de turbo precisa ser apertado constantemente, isso para se ter um breve ganho de velocidade. Muito irritante, sobretudo no modo Time Attack.

O mapa poderia ter uma visualização mais moderna, ainda segue um padrão datado. Tem missões em que o objetivo sequer aparece, fazendo o jogador não ter uma ideia de sua rota ou estratégia. Os inimigos também possuem movimentação estranha, alguns, inclusive, como os robôs voadores, aparecem na sua frente ou atrás em questão de segundos desafiando as leis da física.

Os cenários são bagunçados, feios, sem apelo visual e falham em não apresentar detalhes mais rebuscados, apesar do padrão “indie” do jogo. Não influencia o jogador a vasculhar e ir atrás de mais naves inimigas para abater. Para os donos de PS4, a platina fácil deve ser o maior incentivo para fazer os quatro modos até o final.

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Muito certo que a maioria dos jogadores sequer terá ânimo para bater a (própria) pontuação dos cenários presentes nos modos de jogo. Fator replay é bem nulo. Dois jogadores e modo online também ficaram de fora o que talvez poderia ocasionar a presença de torneios para uma vida mais útil do jogo.

O jogo perde muito das características dos tradicionais jogos do gênero sempre desafiantes, bonitos e com jogabilidade fluida. Sem longevidade, apresentando um conjunto de fatores nulos para render múltiplas sessões de jogo, Fluxteria deve ser evitado tanto pelos jogados experientes como novatos. Enfim, não diga que não avisei.


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FICHA TÉCNICA:

Desenvolvedor: Playstige Interactive
Publicado por: Playstige Interactive
Gêneros: Tiro espacial 3D, Ação
Tamanho no HD: 996Mb
Duração: não mais que 2 horas
Classificação: 10 anos
Preço: R$19,90 (versão vem com papéis de parede e avatares)
Plataformas: PS4 (usada para a resenha), Nintendo Switch
Lançamento: 19 de Maio de 2020
Troféus: 1 de platina, 8 de ouro, 9 de prata e 3 de bronze
Mais Informações: Fluxteria

 


O TRAILER DO JOGO:

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