Sobrenatural: A Última Chave é um filme de terror que não assusta, com roteiro que opta por soluções fáceis, requentando situações já apresentadas nos capítulos anteriores da franquia, resultando em um daqueles filmes sem muita razão de existir, a não ser pelo lucro absurdo que gera ao estúdio Blumhouse, pois todos os filmes da série são produções relativamente baratas para os padrões de Hollywood – custaram em média 5 milhões cada – e juntas já lucraram mais de 500 milhões de dólares.
Os filmes – Sobrenatural e Sobrenatural: Capítulo 2 – têm uma qualidade superior aos dois últimos filmes da franquia por um motivo muito simples: ambos foram dirigidos pelo midas do horror moderno: James Wan. Só pra se ter uma ideia do talento desse diretor/roteirista, Wan é o responsável pelas franquias Jogos Mortais, Annabelle, e pelo excelente Invocação do Mal. Os diretores que assumiram sua cadeira em Sobrenatural: A Origem, e neste Sobrenatural: A Última Chave, se limitam a tentar imitá-lo e não chegam a imprimir personalidade alguma a estes filmes.
Então temos a sensação de estar vendo algo que foi feito no piloto automático, que apesar de honrar o estilo de James Wan, fatalmente carecem de criatividade e de domínio de gênero .
Diferentemente dos anteriores, Sobrenatural: A Última Chave é totalmente focado na personagem da parapsicóloga Elise, que pela primeira vez assume o papel de protagonista, quando é chamada para resolver o caso de uma assombração no Novo México, localizada justamente na casa em que ela passou toda a infância. Ao chegar lá ela é obrigada a encarar os traumas e demônios do passado, bem como a família que ela abandonou.
Estabelecida a premissa, o filme abusa de “jump scares” – aqueles sustos forçados com aparições repentinas acompanhadas de aumento no som – ao mesmo tempo em que tenta ser engraçadinho, com piadas fora de hora, proferidas pelos dois ajudantes da médium, que não têm função muito prática na história a não ser servirem como alívio cômico.
Felizmente, também existem pontos positivos a serem citados. A base espiritualista das relações familiares que permeia todo o último ato do filme é recompensadora. O didatismo com o qual o filme trata conceitos como o poder libertador do perdão e o mal que o ódio represado é capaz de causar é algo extremamente raro em filmes de terror e por este motivo é muito bem vindo e até louvável. Outro ponto interessante, é a boa utilização de imagens e a construção de cenários que remetem as metáforas impressas no sub texto.
+++ Leia a crítica de ‘Aterrorizados’, de Demián Rugna
Os fãs da franquia, podem assistir sem medo pois apesar de tudo o filme não é ruim e consegue manter um mínimo de qualidade.
FICHA TÉCNICA:
Gênero: Terror, Suspense
Duração: 1h43min
Direção: Adam Robitel
Elenco: Lin Shaye (Elise Rainier), Leigh Whannell (Specs), Angus Sampson (Tucker), Kirk Acevedo (Ted Garza), Caitlin Gerard (Imogen Rainier) e outros
Roteiro: Leigh Whannell
Lançamento: 18 de janeiro de 2018 (Brasil)
IMDB: Insidious: The Last Key
É interessante, não? Também achei uma excelente produção. É um dos melhores do gênero de terror que estreou. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Os filmes de terror evolucionaram com melhores efeitos visuais e tratam de se superar a eles mesmos. Eu gosto da atmosfera de suspense que geram, e em Sobrenatural: a última chave acho que conseguem muito bem. O elenco é parte fundamental para que o filme de um medo terrível. Em: https://br.hbomax.tv/movie/TTL617490/Sobrenatural-A-Ultima-Chave encontrei os horários de transmissão, é um dos melhores filmes de suspense e terror em 2018. O que eu mais gosto é o terror psicológico. Se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam o terror que sentiram. Depois de vê-la você ficara com algo de medo, poderão sentir que alguém os segue ou que algo vai aparecer.