K÷93 ou Killing Division 93 é um projeto criado em 1993 e que une Peter Hook (Joy Division, New Order, Monaco) a dois membros do Killing Joke, o vocalista Jaz Coleman e o guitarrista Geordie Walker. Tudo começou quando os músicos foram convidados para participar de um projeto conduzido pelo produtor alemão Conny Plank (Kraftwerk, Neu, Harmonia, Ultravox, Brian Eno, Killing Joke e outros).
Em entrevista, Hook esclareceu como surgiu o projeto, criado em 1993, mas que só agora tem as canções lançadas:
“O que aconteceu foi que fui convidado por um produtor alemão com quem trabalhamos como New Order. Ele convidou 16 ou 20 músicos para um complexo de estúdios em Colônia. Tinha quatro estúdios, então ele nos dividiu em equipes, e cada um de nós deveria ir para o estúdio e tocar duas ou três faixas. A ideia era mixá-los depois e fazer um LP com o resultado…Então, eu tive sorte, porque estava muito nervoso – por estar em um time, digamos, com Jaz Coleman e Geordie Walker, que eu conhecia muito… Mas sim, montamos nossa equipe. Havia Jaz cantando e tocando teclado. Geordie na guitarra, eu no baixo. Tínhamos um baterista e um percussionista. Entramos, improvisamos duas faixas, que funcionou muito bem. Um deles está no EP”
O baixista conta que depois que voltaram para a Inglaterra voltaram a se reunir em sua casa e trabalhar em seu estúdio:
“Fizemos duas em Colônia e outras seis na Inglaterra. Então, ainda faltam cinco. Em algum lugar, pode haver outra fita cassete à espreita com mais cinco músicas”.
O single, intitulado apenas de K÷93, traz três faixas: “Remembrance Day” (VÍDEO AO FINAL), “Giving Up the Ghost” e “Scrying”, em que se destacam os vocais ora guturais ora suaves de Coleman e as linhas melódicas de baixo de Hook, junto a camadas de teclado atmosférico.
O impactante videoclipe de “Remembrance Day” traz cenas diversas da Pandemia do Coronavírus ao redor do mundo, incluindo do Brasil, e também imagens com simbolismo, como a carta de tarô com os dizeres: “Transhumanismo, a chave para a imortalidade”.
No final, a citação de um membro da tão falada família Rockerfeller: “Tudo que precisamos é a grande crise certa e as nações aceitarão a nova ordem mundial”.