Black Mirror (Black Mirror)


‘Série chega como uma das preferidas de público e crítica mostrando de forma contundente a ligação do homem com a tecnologia e a modernidade’.

Emissora (EUA): Netflix
Temporadas: 3 até agora (a quarta temporada está prevista para esse ano ainda).
Episódios até o momento: 11 (duração entre 40 a 60 minutos). Um dos episódios, ‘White Christmas’, teve mais que 70 minutos, porém foi um episódio especial para a época de Natal.
Criador: Charlie Brooker
Temáticas: sci-fi, tecnologia, fobias, relações, modernidade, obsessões, inquietações
Observação: a série inglesa foi produzida pela Zeppotron para a Endemol. A série depois entrou para o catálogo da Netflix. O escritor Stephen King também mostrou muito interesse pela série, colocando como uma de suas preferidas.

Sempre pensei na possibilidade de ter uma produção de TV que falasse das obsessões da era moderna e da tecnologia que nos envolve, que retratasse cenas inusitadas dentro de um contexto em que máquinas e internet fazem parte massiva de nossas vidas. Ou mesmo, que mostrasse uma ficção científica onde enxergamos um futuro quase não tão impossível assim, sobretudo com tanta tecnologia que nos cerca. Então, ‘Black Mirror’ chegou como a resposta pra esse meu desejo.

Porém advirto que essa série inglesa precisa ser vista, não deve ser contada – ou explicada. Isso inclusive vale para aqueles que gostam de contar finais de narrativas, pois é exatamente onde os episódios de ‘Black Mirror’ ficam marcados em nossa memória. Você precisa ser capturado desde o primeiro, polêmico e original episódio. A partir daí você vai entrar num universo estranho porque até então, talvez, ninguém teve coragem de expor o que ‘Black Mirror’ faz tão bem: ser sarcástica sem ser hedionda, chocar sem denegrir a sensibilidade humana, trazer a ficção num plano tão real ou próximo ao espectador que nos faz pensar: ‘poderia ser comigo essa situação, esse também é meu vício ou minha obsessão!’.

Chego ao ponto de dizer que os 11 episódios da série me trouxeram muita coisa da Literatura Fantástica (que até hoje está devendo mais produções no cinema). Muita coisa que temos ali é fácil de associar com as ideias literárias de um Kafka, de um Huxley ou mesmo de um Cortázar, mas agora coloque uma pitada de modernidade ou então, adicione os recursos tecnológicos que circulam hoje em dia. Ou seja, claro que Brooker deve ter lido muito os ícones da Literatura Fantástica, mas está antenado com a rotina do homem moderno em relação aos meios tecnológicos que o cercam.

Outro ponto a destacar no seriado é a regularidade entre os episódios. Difícil selecionar algum preferido. Todos estão num mesmo nível. São inteligentes e criam no espectador o efeito surpresa. Mesmo dentro de uma temática sci-fi, os episódios são diferentes e cada um deles nos faz aguardar um desfecho que pode ser contundente, chocante ou até mesmo irônico. Você precisa realmente esperar os minutos finais para receber esse soco no estômago. Resta agora aguardar o que virá pela frente, se a qualidade permanecerá a mesma, se faça com que o espectador continue apertando o play com orgulho pelo que está assistindo.

IMDB
Rotten Tomatoes
Serie Maníacos

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