A música do quarteto londrino Ghum encontra seu lugar na mesma “prateleira” onde podemos localizar nomes como das suas conterrâneas do The Savages. Estão aqui aquele mesmo senso de urgência e intensidade, os riffs de guitarra encharcados em reverb, e linhas de baixo gordas que conectam sua música com ícones do Pós-Punk inglês como Joy Division e Siouxsie and the Banshees, primordialmente; embora a voz quando cantada de forma mais controlada faça lembrar PJ Harvey.
The Coldest Fire (O Fogo Mais Quente), seu segundo e mais recente EP (debutaram em 2017 com um EP homônimo) é um pequeno petardo de quatro faixas que segura o ouvinte ao longo de aproximadamente dezessete minutos e quatro canções, que dividem-se de forma equânime entre um lado aceleradamente esquizofrênico e outro mais denso e cadenciado.
Em entrevista recente ao The Guardian a vocalista Laura Guerrero Lora declarou:
“Nossas músicas são sempre sobre relacionamentos e sentimentos sobre as pessoas”.
Além da vocalista, Ghum tem na formação a baixista brasileira Marina MJ, Jojo Khor (guitarra) e Vicki Butler (bateria). Dadas as qualidades da música do grupo, caímos na questãozinha básica subjacente a essa coluna: Conseguirão as garotas alcançar voos mais altos ou não?
DESTAQUES: “Get Up”, “In My Head”
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Bacana, gostei do som (não conhecia)… Acabei baixando os 2 EP’s e assisti o show linkado no texto – valeu pela dica!
Que bom que gostou! Há muitas boas bandas a serem descobertas, inclusive nacionais. Acho que essas “meninas” fazem um som interessante, apesar das referências bem evidentes.