CRÍTICA: Indiecalypse (JanduSoft, 2020)


indiecalypse

Indiecalypse faz humorada homenagem à indústria dos jogos

Indiecalypse é a nova sacada da empresa de jogos indies JanduSoft, localizada em Barcelona, vem se mostrando com boas ideias recentes no universo dos jogos. Tanto como criadora e publicadora, a empresa espanhola em pouco tempo deixou produções interessantes como Furwind, Reknum, Freakout: Calamity TV Show e Emma: Lost In Memories.

Pra começar, o universo retratado no jogo é uma referência ao próprio cenário dos desenvolvedores de jogos indies. O jogador irá acompanhar a história de três personagens que se unirão e que farão de tudo para conseguir a produção do tão sonhado desenvolvimento de um jogo.

Entre humor negro, nonsense, ironias e até mesmo algumas críticas, estamos diante de um passeio por inúmeras homenagens a outros jogos e que fará muitos jogadores se sentirem confortáveis com termos que são bem próximos a ele, claro, aqui aparecendo de outras formas como a E3 (Electronic Entertainment Expo) e que, no jogo, acaba virando E4. Nem nomes da música mundial passam ilesos: “Lemmy” Kilmister (Motorhead) e Dave Mustaine (Megadeth) também são lembrados de forma bem cômica. A série Breaking Bad também aparece num dos minijogos presentes.

Num visual bem colorido, com diálogos rápidos e humorados, pegando muito conteúdo emprestado da cultura geek/nerd, carregado de personagens bem loucos/bizarros, o jogo faz uma própria alusão descarada de alguns estereótipos construídos dentro da indústria e da cultura dos jogos.

Separado por sete capítulos, Indiecalypse exige que o jogador cumpra determinadas tarefas e missões para seguir adiante na história. Neste ponto é que reside um dos maiores trunfos do jogo, que consiste em misturar vários gêneros e clássicos tipicamente conhecidos dos jogadores. Em forma de minijogos, é preciso alcançar determinados placares ou atingir alguns objetivos. Jogos como Guitar Hero, Mortal Kombat, Call Of Duty, Carmageddon e Wolfenstein ganham suas homenagens em minijogos e os gêneros que também são os mais variados, de FPS passando por simuladores.

Apesar de ter vinte e sete minijogos, nem tudo é perfeito em Indiecalypse. ‘Geometry Jack’ que tem muita influência de 36 Fragments Of Midnight e ‘Bloodhead’ que faz uma cópia (bem feita) do aclamado Cuphead são desafiantes e divertidos na medida certa. Mas nem tudo é maravilha sobretudo em minijogos como ‘Cooking Roach’ e ‘Sucker Duck Punch’ que sofrem de mecânicas com falhas, são enfadonhos e chegam a ser irritantes.

Valendo mais como experiência que reúne a história dos jogos e talvez melhor indicado ao jogador indie com um conhecimento variado de gêneros, Indiecalypse é o tipo de jogo sem fator replay e curto que se faz valer de algumas boas piadas e de referências inteligentes da cultura pop em geral. Lembrem-se: produzir jogos nunca é tão fácil.

GALERIA DE IMAGENS:

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FICHA TÉCNICA:

Desenvolvedora: JanduSoft
Publicado por: JanduSoft
Gêneros: Aventura, Humor Negro, Minijogos
Duração: 5 a 10 horas (depende da habilidade de cada jogador)
Classificação: 16 anos (Violência, Linguagem imprópria, Temas Sensíveis)
Espaço de armazenamento no HD: 800Mb
Preço: R$52,00 na PSN (costuma ficar em promoção com 40% de desconto)
Plataformas: PS4 (testada), PC, Nintendo Switch, Xbox
Lançamento: 29 de Maio/2020
Mais Informações: Indiecalypse

 


O TRAILER:

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