Após quase seis anos desde Spirit (2017), o Depeche Mode lançou Memento Mori, seu aguardado novo álbum e o primeiro após a morte de Andrew Fletcher, ocorrida em 2022. Desde o anúncio do álbum, passando pelo lançamento do singles, e até o, enfim, lançamento, o disco do duo Dave Gahan e Martin Gore tem sido um dos assunto mais comentados nos diversos veículos de mídia, não só pelo lançamento mas por tudo que o cerca, inclusive os temas tratados na maioria das letras, a morte.
Em entrevista recente de cerca de 40 minutos ao apresentador Zane Lowe em se programa na Apple Music 1, a dupla remanescente do Depeche Mode falou principalmente do novo álbum: das músicas, da primeira colaboração externa – a parceria com Richard Butler, do Psychedelic Furs -, dos produtores James Ford e Marta Salogni; e Gahan falou da importância de abraçar a simplicidade no novo disco:
“Em algumas das maiores músicas de pessoas como Bob Marley ou John Lennon, é a simplicidade delas que realmente fica com você para sempre. Às vezes é necessário complicar as coisas e, às vezes, é necessário colocar de tudo na mistura quando se está fazendo música, mas outras vezes é só tirar tudo. Ao fazer este disco, Martin e eu estávamos muito conscientes de que não deveríamos sobrecarregar tudo ou complicar demais as coisas. Tínhamos uma ótima equipe com James Ford e Marta Salogni. No final, éramos apenas nós quatro. Funcionou muito bem. E eles também estavam na mesma página que nós, tentando quase que descomplicar”.
A dupla começou a entrevista comentando sobre o início da carreira, a importância de Daniel Miller (dono da gravadora Mute) na trajetória da banda, sobre como o sucesso alcançado com Violator colocou uma pressão enorme sobre eles. Gahan comentou sobre suas influências iniciais:
“Eu acho que inicialmente éramos ambos grandes fãs de Bowie e de muito Glam. Nós vinhemos do Glam, T-Rex e Kraftwerk. Quando o Kraftwerk surgiu, eles foram uma grande influência. Nós íamos para clubes e ouvíamos música, Roxy Music, e todo esse tipo de coisa. E eu também gostava dos Stones. Eu gostava do Jagger. E eu gostava da maldade deles. Quando eu digo maldade, quero dizer que eles eram os vilões. E eu gosto disso”.
E Gore complementou:
“Eu sempre ouvi todos os tipos de música e acho que, como compositor, é importante estar ciente de tudo o que está lá fora. Se você é um músico de eletrônica, não deve ouvir apenas música eletrônica. É interessante… Eu gosto de coisas como Kurt Vile, por exemplo, e os acordes estranhos, isso sempre foi muito importante para mim. E eu sou muito ligado em palavras. Então, obviamente, gosto de pessoas como Bob Dylan. Quero dizer, eu costumava gostar muito de Neil Young. Ainda gosto de Neil Young”.
+++ Saiba mais sobre ‘Memento Mori’, do Depeche Mode
Assistam ao vídeo para entrevista completa da dupla Gahan e Gore.
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