ANDREW BIRD – My Finest Work Yet (2019)



“Andrew Bird sobrevoando bem alto em sua carreira segura com My Finest Work Yet”

Andrew Bird começou nos 90’s como líder de uma banda, Bowl Of Fire. O multi-instrumentista criou asas, seguiu adiante sozinho, mas foi conquistando fãs e sempre teve colaborações importantes em seus álbuns, assim como normalmente costuma ser requisitado para colaborar com outros artistas (não é possível citar agora porque a lista é imensa). Com uma discografia extensa, o sucesso não afetou o músico e através de seu jeito tranquilo e sem estardalhaço, Andrew também criou uma simpatia pelas redes sociais e seu Twitter nunca fica parado, além de sua agenda de shows ser frequente, Bird também divulga novos artistas e mostra uma pessoa antenada com o mundo da música.

Com tantos discos na carreira (que já passam de 15), Andrew sempre esteve acima da média, atravessou décadas sem parar de compor e sempre procurou uma amplitude musical em seus discos firmando suas características únicas. Seu jeito de tocar violino, os assovios que costumaram ser comuns em algumas canções, as camadas e texturas que criam um clima orquestrado sem perder a postura indie, sua própria experiência que conta na criação de melodias infalíveis e grudentas. O talentoso Bird que se inspirou em muitos nomes para construir sua carreira sólida e em ascensão, deixa toda uma inspiração para artistas que vieram de 2000 pra cá como Owen Pallet, Beirut, Sufjan Stevens, entre outros.

Com uma sonoridade inicial que se acentuava bastante para o indie folk, o músico foi se transformando em sinfônico, jazzístico e experimental com o avanço de sua discografia. Isso fica mais do que evidente neste novo trabalho.

‘My Finest Work Yet’ é um disco que se fixa como porto seguro para quem já conhece a discografia do músico. Para quem está iniciando, também é bem indicado porque é um resumo dos seus discos anteriores. A experiência de Bird se fortifica e a sonoridade agrada tanto quem gosta do indie folk e rock como da sonoridade que bebe na fonte da música clássica. O novo disco tem faixas que de cara conquistarão o ouvinte, um pouco por conta do apelo pop, o refrão ganchudo, a melodia direta e memorável, é o que acontece em ‘Olympians’, ‘Fallorun’ e ‘Proxy War’. Outras faixas necessitarão de atenção, são mais complexas e acrescentam um instrumental mais abrangente, disparam para outros gêneros como o jazz (‘Bloodless’) ou assumindo uma postura de música teatral/circense (‘Don The Struggle’).

Os elementos instrumentais que Andrew construiu ao longo de sua carreira, continuam intactos. Os trunfos sonoros como assovios e violinos que constituem camadas certeiras e necessárias para seus álbuns, aqui ganham força, sobretudo nas faixas ‘Sisyphus’ e ‘Archipelago’. Andrew vai colocando seu nome no rol dos importantes músicos dessa era, jogando o seu talento todo não para inflar seu ego, e sim, sua música de qualidade.

::NOTA: 7,8


NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano:
Isaac Lima:
Luciano Ferreira:

MÉDIA: 7,8


::LEIA TAMBÉM DE EDUARDO SALVALAIO: CRUSHED STARS – GO DARK, CANAVERAL (2019)


::FAIXAS:
01. Sisyphus
02. Bloodless
03. Olympians
04. Cracking Codes
05. Fallorun
06. Archipelago
07. Proxy War
08. Manifest
09. Don The Struggle
10. Bellevue Bridge Club
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::Mais Informações: Facebook | Site oficial


::Ouça ‘Sisyphus’:

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