CRÍTICA | Cut Copy – Freeze, Melt


Cut Copy, live photo

Cut Copy busca novas paisagens sonoras e traz momentos mais introspectivos

O grupo Cut Copy surgiu na década de 2000 sendo que em 2004 lançava o debute Bright Like Neon Love. Porém, foi em 2008 que o sucesso meteórico do grupo chegou com o álbum In Ghost Colours, um trabalho cheio de hits em potencial e que figurou em muitas listas de melhores daquele ano.

Entretanto os australianos não conseguiram um sucesso do mesmo nível nos trabalhos que vieram em seguida, mesmo que não fiquem por mais de três anos sem lançar algo. O último álbum que saiu em 2017, Haiku From Zero, não foi tão comentado, assim como não recebeu tantas notas boas pela internet.

Se em 2008 os ouvintes presenciaram uma banda centrada no som dançante com muitas doses de Synth-Pop e de New Wave Revival, refrões grudentos e uma sonoridade de fácil assimilação, isso não foi tão constante com os últimos álbuns lançados, sobretudo na década de 2010.

Freeze, Melt deixa claro que o Cut Copy não perdeu suas influências, inclusive de grupos 80’s como Human League e OMD (“Running In The Grass” e “Like Breaking Glass”), porém há um espaço maior para o instrumental e o experimentalismo, o grupo busca ambientações que exploram uma sonoridade bem típica do Krautrock, tanto que “Rain” e “In Transit” são duas faixas que se transformam praticamente em ensaios bem ‘kraftwerkianos’.

Os sintetizadores continuam a frente na sonoridade da banda, mas há uma preferência para climas mais brandos, da mesma forma que buscam abraçar uma eletrônica inspirada na Soul Music, como fica provado em “Love Is All We Share”. “Stop, Horizon” tem um início prezando o panorama acústico para só no final ganhar batidas e um ritmo mais eletrônico, embora ainda tudo bem suavizado, introspectivo.

Chegando quase nos 20 anos de carreira, o Cut Copy vai aprendendo que estar em constantes mudanças e experiências é bom para se manter na ativa. Ainda mantendo contato com a eletrônica que consagrou o grupo, nada o impede de buscar outras paisagens e arriscar novos ares.

DESTAQUES: “Running In The Grass”, “Love Is All We Share”, “Rain”

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TAMBÉM PODE INTERESSAR:

CUT COPY – Haiku From Zero (2017)
OMD – The Punishment of Luxury (2017)


O ÁLBUM:


O VIDEOCLIPE DE “COLD WATER”:

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