“Endless Dreams é o Peter Bjorn And John sem muitas mudanças mas ainda sendo capaz de criar melodias ganchudas”
Peter Morén, Björn Yttling, and John Eriksson, músicos de Estocolmo que formam o Peter Bjorn And John. A banda chega ao vigésimo aniversário e lança agora o nono trabalho, Endless Dreams. Em 20 anos de carreira, os suecos tiveram uma discografia não tão impecável, porém sempre são lembrados quando o assunto tratado é a música Indie que vem da Suécia. O álbum em potencial que levou o trio para a fama foi Writer’s Block (2006), sobretudo alavancado pelo hit cantável (e assoviável) “Young Folks” que teve a participação de Victoria Bergsman, ex-vocalista do The Concretes.
Em duas décadas o PB&J construiu um Indie-Rock sólido, orientado pelas harmonias vocais e por refrões ganchudos. Isso não falta no novo trabalho. Dois exemplos, “Music” e “Out Of Nowhere”. A primeira faixa apresenta um contorno bem dançante com um groove poderoso; a segunda, por sua vez, se envolve em riffs marcantes de guitarra e coloca os vocais cheios de ecos. Sim, ainda há muita herança de 2006, tome como exemplo “Reason To Reasonable” que tem tudo para ser uma das prediletas do disco, sobretudo por uma rápida semelhança melódica com “Young Folks”.
Embora seja um disco pautado numa época prolífera da música indie (início da era 2000), parte do novo álbum também flerta com décadas antigas e percebemos como o trio deixa transparecer suas possíveis inspirações/influências.
“Drama King” traz sonoridade transitando entre algo de David Bowie e The Kinks, “Endless Reruns” segue por um caminho 60’s com as harmonias de um The Beatles. O toque jazzístico com um baixo evidente e hipnotizador é o trunfo de “Idyosyncrasy” que escapa um tanto do padrão Indie-Rock. “Rusty Nail” casa o Rock tradicional com a Eletrônica cuja principal função, aqui, é criar múltiplos efeitos nos vocais articulando um tom mais pesado e repleto de detalhes para a canção.
Endless Dreams é um trabalho alegre e que preza pela fórmula básica da música com melodia certeira e fácil de absorver. Simples de ouvir, entender, e sem muitas firulas. O trio continua intacto com suas características básicas enraizadas em vinte anos, está alheio a mudanças sonoras drásticas, embora continue criando canções dignas de assovios descontraídos durante um passeio de domingo.
NOTA: 7,0
NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano: –
Isaac Lima: –
Luciano Ferreira: –
Marcello Almeida: –
MÉDIA: 7,0
::LEIA TAMBÉM:
RESENHA: THE RADIO DEPT. – I Don’t Need Love, I’ve Got My Band (Labrador, 2019)
RESENHA: IAN BROWN – Ripples (2019)
::FAIXAS:
01. Music
02. Reason To Reasonable
03. Drama King
04. Rusty Nail
05. Endless Reruns
06. Idiosyncrasy
07. Out Of Nowhere
08. Simple Song of Sin
09. Weekend
10. On The Brink
:: MAIS INFORMAÇÕES: Facebook|Site oficial
:: Ouça o álbum na íntegra:
:: Assista ao videoclipe de “MUSIC”:
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