“Rente é mais um caminho interessante percorrido por Jair Naves em sua trajetória solo”
‘Minha terra é uma bomba a ponto de explodir’. É com essa frase que todo homem sensato e da modernidade costuma pronunciar que o mineiro Jair Naves abre seu mais recente trabalho na faixa de abertura ‘Veemente’. Uma canção que poderia denunciar um disco melancólico e amargo, porém muito pelo contrário. A experiência do músico vem de um bom tempo. Surgiu com o grupo paulistano Ludovic (que terminou) e também foi parte da formação da banda Okotô. Por carreira solo, em 2015 lançou o álbum ‘Trovões a me Atingir’.
Com uma verve pulsando para o punk-rock, Jair Naves segue, em parte, nesse percurso. A enérgica ‘Deus Não Compactua’ traz uma letra impactante sobre instrumental pesado, uma canção que nada fica devendo a bandas como Titãs e Plebe Rude; da mesma forma se processa ‘Lampejos de Lucidez’ com riffs poderosos de guitarra. Mas o músico quer variar, e a faixa título ‘Rente’ é um bom teste para isso; ‘Hino Dos Estados Unidos no Toque do Seu Celular’ funciona como uma poesia recitada envolta numa base acústica dedilhada; conduzida por violinos e bem sentimentalista, ‘Escalas’ se encaixa dentro de um padrão folk; ‘Alívio Cômico/Palanque’ é um indie-rock com inserções sutis de MPB.
Misturando melancolia, alegria, protesto, sentimentalismo, raiva e calmaria, ‘Rente’ é um trabalho que mostra um músico procurando seu lugar no cenário.
:: NOTA: 7,2
NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano: –
Isaac Lima: –
Luciano Ferreira: –
MÉDIA: 7,2
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::FAIXAS:
01. Veemente
02. Deus Não Compactua
03. Alívio Cômico – Palanque
04. Mácula
05. Gira
06. Lampejos de Lucidez
07. Hino dos Estados Unidos Como Toque do Seu Celular / 08. Rente
09. Escalas
10. O.H.R.E.U.C.S
11. Tudo Grita
12. Sonhos Se Formam Sem o Meu Consentimento
::Mais Informações: Facebook/Site oficial
::Ouça o álbum na íntegra:
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