10 PERGUNTAS PARA LOS VOLKS


Foto Los Volks divulgação 2020
Foto | Tyna Cardoso

Formada em 2014, a banda de Guarujá, Los Volks, teve durante seus primeiros anos o que se pode chamar de fase mais suja, quando o rock de garagem e o Punk Rock eram as principais influências do grupo. Com mudanças na formação e no foco de suas composições, a banda abandonou o barulho e botou pra fora suas tendências mais para o Pop-Rock.

“Tarde de Domingo”, o single de 2017, já dava mostras das mudanças que a banda estava preparando. “Transmutar”, lançado em 2018, seguia a tendência de seu antecessor, assim como “Guarde Suas Joias”, eu conta com a participação especial das Vespas Mandarinas. Todos esses singles foram parar no primeiro e homônimo álbum do grupo, lançado em 2019, onde canções melódicas se unem a letras de tom confessional que abordam os sentimentos típicos da juventude.

Naquele mesmo ano, a banda, até então um quinteto, voltou a ser um trio, permanecendo Pablo Mello (voz, guitarra e violão), Isabella Araújo (baixo) e Carolyn Areias (voz). Com a adição do guitarrista Paulo Arbeli, o segundo trimestre de 2020 se apresenta como “o início de uma nova fase”, tendo como marco o lançamento do single “Vitral”, programado para o dia 16 de abril e já possível dar o pré-save no Spotify.

Enquanto o novo single não sai, mandamos algumas perguntas para Pablo, que prontamente nos respondeu e ainda (a pedido) fez uma Playlist com faixas para os fãs curtirem na espera ou enquanto leem a entrevista.


01. A banda passou por mudanças com as saídas de Vinícius Souza e Vinicius Santos, como isso afetou a banda de forma geral? Foi uma saída amigável?

R: Foi uma saída completamente amigável. Até lançamos um videoclipe (Santa Bárbara) para ilustrar a nossa amizade e celebrar o nosso tempo de trabalho conjunto.  A saída deles já estava pré combinada desde maio de 2019. Isso porque ambos não estavam mais dispostos a seguir a rotina que a banda tinha naquele período. Por isso, tivemos tempo para preparar o vídeo citado acima enquanto também nos restruturávamos no palco.

02. Vocês estão com um single pra ser lançado em abril, “Vitral”, pode ser considerado o início de uma nova fase para a banda ou continuidade?

Sim, este é também sinônimo do  início da nova fase da Los Volks.

03. O que vocês têm escutado atualmente e essas referências musicais estarão presentes nos próximos trabalhos da banda?

R: A nossa ideia é de reunir a experiência obtida durante as sessões de gravações do debute com as nossas novas referências. Assim, visamos evoluir sem perder a nossa essência. Atualmente, miramos em mixar influências de nomes como Los Hermanos, Girl In Red, Sharon Van Etten, No Vacation e Terno Rei.

Foto Los Volks

04. No Twitter vocês usam a frase: “Pop Rock triste para jovens inquietos”. É com esse tipo de público que a música do Los Volks pretende se comunicar? E até que ponto isso pode ser uma limitação?

R: É uma forma de expressão, tal qual um slogan, para prender a atenção instantaneamente do público jovem adulto e/ou adolescente. Contudo, isso não delimita o nosso alcance em nenhuma esfera.

05. Muita gente comenta que atualmente uma banda tem que agir como uma empresa para administrar todas as demandas, algo que antes ficava por conta da gravadora. Como vocês administram a Los Volks, incluindo a divulgação nas redes sociais?

R: Eu (Pablo) costumo assumir as redes sociais e todos os serviços de Assessoria de Imprensa da Los Volks. Isso porque sou graduado em Jornalismo. Então é um tanto prático para nós lidarmos dessa forma. Porém, todos os membros opinam em torno de todos os passos que a banda da na internet.

06. Como você define o processo de passagem para a fase adulta da vida, e como enfrentar e amenizar esse conjunto de incertezas que todos nós temos que passar?

R: Durante o processo de concepção do nosso álbum de estreia homônimo, lançado em 2019, obtivemos a sensação de que as canções falavam justamente da transição da juventude para o início da fase adulta porque era o que todos nós vivíamos naquele momento.

Não existe uma maneira exata de se enfrentar as angústias e afins. Basta entender que as quedas e reinícios são inevitáveis. E logo, tudo passa.

07. Em uma entrevista você declarou que gosta de afirmar que a música de vocês é como um abraço. Vocês acham que as novas gerações são mais frágeis ou simplesmente mostram mais seus sentimentos?

Foto do single "Vitral", de Los Volks
Capa do single “Vitral” (2020)

R: Não é questão da fragilidade em si. Mas, nossa geração tende a demostrar muito mais o afeto e sentimentos do que as dos nossos pais, por exemplo. E nesse sentido,  compreendemos a nossa música como um “abraço”. Isso se dá especialmente no nosso álbum de estreia.

08. Qual a importância da música na vida de vocês? E quais outras formas de artes lhes interessam?

R: A música é muito importante na vida de todos os membros da banda. Assim, a arte, como um todo, tende a nos interessar. A Carolyn, por exemplo, é apaixonada por dança.

09. No futuro, quando olharem para trás, para a música que fizeram, o que esperam ter construído?

R: Algo sincero pelo qual todos nós possamos compartilhar um sentimento de orgulho e dever cumprido.

10. Como tem sido pra vocês esse período de isolamento por causa da Pandemia do Coronavírus e como isso impactou nos projetos da banda?

R: Tivemos de interromper os ensaios e shows programados do primeiro semestre. Além disso, tivemos de mudar o eixo da divulgação do nosso trabalho, cancelando até sessões de fotografia. Mas entendemos que a situação é grave e que esse sacrifício é essencial para evitar a disseminação do vírus.

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:: Assista ao videoclipe de “Tarde de Domingo”

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