Coletivo Geração Perdida de Minas Gerais lança ‘Quebra Asa’; Ouça



O grupo Geração Perdida de Minas Gerais se define como um coletivo/movimento artístico constituído de músicos, escritores e artistas visuais de Minas Gerais. Uma das características do coletivo é a participação dos integrantes em trabalhos uns dos outros, além da promoção de shows, ou seja, a colaboração produtiva como forma de ajuda e fortalecimento. Fazem parte do coletivo bandas como Lupe de Lupe, Aldan, Não Não-Eu, e artistas como Wagner Almeida, Vitor Brauer, Jonathan Tadeu, Fernando Motta, dentre outros.

Já “Quebra Asa” é definida como uma plataforma colaborativa de experimentação entre músicos do coletivo. Dando início ao projeto, o trio Fernando Motta (cujo álbum ‘Ensaio para Destruir’ entrou em nossa lista de melhores de 2021), Jonathan Tadeu e Vitor Brauer (ambos da Lupe de Lupe) lançou o primeiro volume, devidamente chamado de Quebra Asa Vol. 1, onde dão continuidade ao conceito que parece permear boa parte dos trabalhos lançados pelos integrantes do coletivo: a espontaneidade. Dentro dessa ideia, os aspectos de gravação Lo-Fi e a ideia de uma gravação com resultados mais crus e orgânicos possíveis mantem-se presente, seguindo o lema Punk “Do It Yourself” (faça você mesmo).

Citando como referências musicais de Can a Alice in Chains, passando por Biquini Cavadão e o Post-Hardcore dos americanos do Unwound, o trio apresenta ao longo das oito faixas que compõem o disco vários dos ingredientes presentes em álbuns do coletivo, com o noise, construído a partir de distorções intensas, sendo um dos elementos mais marcantes e a busca de uma sonoridade original, ao tentarem fugir de padrões estéticos pré-estabelecidos.

+++ Leia sobre e ouça o álbum ‘Army of Nothing’, do Devlish Dear

Para isso, desde o início o grupo definiu apenas algumas regras básicas a serem seguidas: “seríamos uma banda de rock, as músicas teriam energia e tentaríamos fugir um pouco do que cada um faz na sua carreira solo”. O resultado é um disco marcado por canções intensas, seja nos instrumentais, quanto nos vocais (muitas vezes berrado), com alguma aproximação ao Grunge, mas sem soar Grunge, com o Alternative Rock, sem soar Alternative Rock e também com o Noise-Rock. Dentre os destaques, o noise conduzido pelo balanço de “Coliseu” e em slow motion de “Vontade” – que até ganhou um videoclipe.

Visceral e urgente!


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