“Kip e sua antítese do prazer”
A banda, na sua essência, é Kip Berman (vocalista/guitarrista/compositor). O mesmo participou de inúmeras bandas durante o período em que morou em Portland, Oregon, fundando, finalmente, em 2007 o The Pains Of Being Pure At Heart (As Dores de Ser Puro no Coração), depois de concluir sua faculdade e se mudar para Nova York.
Com um indie pop influenciado pelo rock inglês e bandas escocesas como Jesus and Mary Chain e Primal Scream (fase pré psicodelia eletrônica), o TPOBPAH lançou cinco interessantes EP’s e três bons álbuns entre 2007 e 2015. Até então, uma carreira, se não promissora, regular.
Uma mudança ainda discreta fez-se notada com o EP “Hell”, de 2015 (o qual contém um cover bacana de “Laid” do James), trabalho que justamente antecede “The Echo Of Pleasure”, uma guinada descendente da banda.
Berman então mudou sua forma de cantar pra pior. Alternando de um vocal suave, às vezes sussurrado e com maior fluidez, para um mais enfático, cansativo e chato. Fórmula desastrosa que desanda completamente, quando junto à voz, tem-se uma proposta sonora mais pop, que cai num senso bastante comum.
Não há muito de proveitoso pra se falar deste álbum.
Parafraseando uma música muito conhecida do cancioneiro popular brasileiro, pra não dizer que só falei dos espinhos, duas músicas que não são lá grande coisa, se salvam: a dançante “When I Dance With You” e “So True”, cantada pela tecladista Jen Goma.
Quem conhece a banda, não sente o mínimo prazer ao ouvir este “pálido” eco de quem debutou com um bom álbum homônimo e gravou músicas bacanérrimas como “Stay Alive”, “Strange” e “Kelly” – uma ode aos anos 80!
NOTA: 4,5
FAIXAS:
01 My Only
02 Anymore
03 The Garret
04 When I Dance With You
05 The Echo Of Pleasure
06 Falling Apart So Slow
07 So True
08 The Cure For Death
09 Stay
:: Assista ao videoclip de “When I Dance With You”:
No Comment