Mannequin Trees é um projeto musical que surgiu a partir das ideias do músico e compositor Ícaro Reis, um fã confesso de John Frusciante, Supetramp e Homeshake
, que conseguiu juntar uma galera boa de músicos e dar corpo ao projeto. Apesar das referências, a música do grupo segue por caminhos psicodélicos, com elementos retrôs oitentistas, aproximando-se em vários momentos da chillwave ou do pop sonhador, trazendo um certo ar melancólico.
Com um EP e alguns singles, todos lançados pelo selo Balaclava Records, Mannequin Trees lançou em 2018 o seu primeiro álbum, “Daydream”, que resume o trabalho de composições de Ícaro ao longo de alguns anos. Coeso, atraente e agradável em suas dez faixas, o álbum de estreia do grupo entra tranquilamente na lista dos álbuns mais interessantes lançadas no país no ano que passou, vide a viciante faixa título.
Tentando conhecer um pouco mais a respeito do Mannequin Trees, mandamos nossas 10 perguntas pro Ícaro que, nos atendeu e respondeu prontamente.
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01. Como e quando surgiu a banda?
Ícaro: Após o fim de uma banda que tocava, comecei a compor umas músicas que viriam a se tornar o CD. Não pensava em lançar o projeto, mas após o incentivo de amigos, resolvi montar uma banda pra ao vivo e lançar essas musicas na internet, e acabei tendo apoio da Balaclava. <3
02. Como você define a música da Mannequin Trees?
Ícaro: Melancolia controlada.
03. Como funciona o processo de composição?
Ícaro: Vou escrevendo sem pressa. Cada dia aparece um trecho de alguma música, e gravo barulhos no celular (hahahahaha). No final, junto as ideias e sai uma música.
04. Qual a importância das letras na música de vocês?
Ícaro: Sou bem aberto nas letras. Me exponho muito nelas.
05. Quais suas principais influências musicais e não musicais (cinema, literatura, etc)?
Ícaro: Tem muito do John Frusciante, do Supertramp, da Lorde, Lana del Rey, Homeshake.
06. Como enxergam sua música no panorama musical nacional?
Ícaro: Psicodelia em inglês, na terra do presidente sertanejo.
07. Entre o processo de gravação e de shows, qual preferem?
Ícaro: Eu curto muito produzir as músicas, vê-las tomando forma, acho isso foda. Me sinto muito mais produtor do que músico.
Mas tocar e ver a galera curtindo, “se balançando” ao vivo, a energia é massa!São sensações diferentes, mas igualmente apreciadas.
08. Em que ponto se encontra o trabalho de vocês no momento?
Ícaro: Tamos tocando com formação diferente, fazendo shows do CD que acabamos de lançar. E tenho escrito músicas em português, pensando em lançar um projeto em paralelo. Não tenho exclusividade com a Mannequin, é um projeto pra eu desaguar minhas ideias e ver o que elas se tornam, sem muita cobrança. Quando surgirem mais ideias, vou gravar.
09. Quais bandas ou álbuns recomendariam para quem curte o som de vocês?
Ícaro: “Infinite Bisous” não sai do meu player…Crumb, Homeshake, Frusciante.
10. Planos para o futuro e mensagem para os fãs.
Ícaro: Fazer shows, (festivais quem sabe?), singles, e nos unir cada vez mais com quem curte nosso som!
Se você curte, adiciona a gente, e “vamo” trocar ideia. Unificai-vos, jovens!
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:: Discografia:
– Mannequin Trees EP (2017)
– Daydream (2018)
:: Mais sobre a banda: Facebook | Bandcamp
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:: Ouça o álbum na íntegra:
Entrevista enxuta com banda/projeto que lançou um dos melhores álbuns nacionais de 2018.
A proposta das 10 Perguntas é essa, Ângelo. E realmente um belo álbum de 20018.
Enxuta no sentido de ser mais direta… Sei que isso também depende da forma como a banda responde as perguntas. Aproveito e parabenizo o site por manter uma constância em relação às (boas) entrevistas.