A sonoridade singular das guitarras da banda irlandesa My Bloody Valentine fez escola nos anos 90 e continua gerando herdeiros até hoje. Difícil falar do Shoegaze ou Noise-Pop, por exemplo, sem citar a importância da banda do mago das cortinas de guitarra, Kevin Shields, e seus dois seminais álbuns: Isn’t Anything (88) e Loveless (91).
No vídeo em comemoração aos 60 anos das guitarras Jazzmaster, produzido pela fabricante de guitarras Fender (assista abaixo), Shields fala como conheceu as guitarras Jaguar e Jazzmaster e a importância de ambas na sonoridade da banda, principalmente após o lançamento do primeiro álbum ( This is Your Bloody Valentine, 1985), ainda com o vocalista David Conway, e como este não representava o sentimento da banda, que começou a mudar seu som nos trabalhos seguintes.
LEIA A COLUNA ‘ESSE EU TINHA EM VINIL’: ISN’T ANYTHING (MY BLOODY VALENTINE, 1988)
O guitarrista fala como se tornou colecionador de guitarras, sobre o uso de várias devido as afinações e efeitos diferentes, e também como chegou ao famoso “efeito de ondas”, em que usa de forma primordial a alavanca e o efeito de reverb reverso para criá-lo. De quebra ele comenta a influência de bandas como Ramones, The Cure, Siouxsie and the Banshees, Killing Joke, P.I.L., Sonic Youth e Dinosaur Jr. na sonoridade da banda e o desejo de ser como a banda Velvet Underground.
:: Assista a parte 1 e 2 da entrevista:
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