VIVENDO DO ÓCIO | Vivendo do Ócio


Foto da banda Vivendo do Ócio, 2020

“Entre erros e acertos, novo álbum fica no meio do caminho”

Depois de dois álbuns que seguiam pela trilha de bandas como The Strokes e Arctic Monkeys – exceções feitas nas personais e muito boas “Nostalgia” e “Mais Clichê” -, a banda soteropolitana Vivendo do Ócio (VDO) conseguiu em Selva Mundo (2015) atingir o que alguns chamam de “maturidade musical” ou seja diluir as influências para que elas surjam de forma secundária, ao mesmo tempo incorporaram outras influências em sua música, com resultados bem agradáveis.

Se no álbum anterior havia a participação de Pepeu Gomes, Lirinha e Thadeu Meneghini (Vespas Mandarinas), o novo e homônimo álbum do quarteto, cinco anos depois, traz nomes como Fábio Trummer (Banda Eddie) na faixa “Paredes Vazias” e  Luiz Galvão (Novos Baianos) em “O Amor Passa No Teste”, e mais a produção de Gabriel Zander (ele produziu álbuns de Terno Rei, Raça e outros) e Thiago Guerra (da banda Fresno).

Vivendo do Ócio é um disco direto e de canções curtas, é musicalmente rico, não só pelo acréscimo de metais, percussão e sintetizadores, mas também pela busca de variações nos timbres das guitarras e pela incorporação de novos gêneros musicais em suas canções.

As letras, em sua maioria com discurso de crítica social, versam sobre temas como: liberdade de expressão, obsessão por redes sociais, a riqueza sem conteúdo, intolerância religiosa, sobre a passagem do tempo e o lado reverso da evolução , nos versos: “Sou um prédio esquecido no centro, planta cresce no cimento”, da melódica “Evolução”, uma das melhores do álbum.

O texto varia entre o interessante, como nas ótimas “Paredes Vazias” e “Evolução”, e o simplista, como na suingada “Cê Pode”, um dos singles do disco, ou em “Massagem de Ego”, com elementos de Glam-Rock, ou ainda nos versos de “Nova Ordem”:”Se a Terra é um grão de areia imagine então o que somos nós. Ainda tem gente ignorante achando que estamos sós. Você mesmo pode ser um ET ou ter passado por algum na rua. Só o Pink Floyd sabe o que tem no lado escuro da Lua”. Nesses momentos, a intenção e o resultado parecem entrar em desalinho, atingindo o ápice na faixa “Il Tempo”, cantada em italiano.

Entre os erros e acertos – a bela arte da capa, criação do baixista e vocalista Luca Bori, é uma delas -, frase que a banda usa na faixa “Vestígios”, outro bom momento do disco, há que se louvar a coragem da banda em mudar e seguir arriscando, afinal de que vale a vida sem o risco, sem a imprevisibilidade, sem a liberdade?

NOTA: 6,5

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NOTA DOS REDATORES:

Eduardo Juliano:
Eduardo Salvalaio: –
Isaac Lima:
Marcello Almeida:

MÉDIA: 6.5


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Capa do álbum Vivendo do Ócio, 2020

:: FAIXAS:

01. Cê Pode
02. O Amor Passa No Teste
03. Paredes Vazias
04. O Agora
05. Massagem de Ego
06. Evolução
07. Nova Ordem
08. Muito
09. II Tempo
10. Vestígios

 


:: Ouça o álbum:


:: Assista ao videoclipe de “Muito”:

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