O REZORT (The Rezort, 2016)



“O Rezort troca animais por zumbis numa espécie de safári que acaba não dando muito certo”

A regra é: se o título do filme destaca a letra Z (aqui a letra entra no lugar do S), pode ter certeza que esse filme tem zumbis. O cinema de terror que tem os temidos zumbis também mudou bastante se pegarmos o clássico A Noite dos Mortos-Vivos (1968), de George Romero, até os dias atuais. Zumbis passaram por várias transformações e hoje em dia surgem nos filmes sob vários aspectos: correm feito velocistas como podem até receber ensinamentos de convivência com os seres humanos, o que na maioria das vezes não dá tão certo assim.

O Rezort mostra o mundo ainda em colapso mesmo após ter passado por uma infestação zumbi e controlado a situação. Uma grande empresa multimilionária resolve pegar os zumbis remanescentes e colocá-los numa ilha isolada. O objetivo? Ricos passam um fim de semana atirando em zumbis, que estão acorrentados ou cercados. Uma espécie de safári onde animais são trocados pelas “pobres” criaturas.

O lugar tem todo um sistema online e tudo é controlado pelos funcionários. Acontece que toda estrutura assim tem odiadores e todo filme com zumbis, claro, acontecem as catástrofes. Numa das falhas de um dos computadores, todo o sistema passa a apresentar falhas e apresenta risco aos hóspedes. Lembre do que aconteceu em Jurassic Park (1993).

Logo nos primeiros minutos, O Rezort afirma que é um legítimo filme B, não liga muito para ser uma produção requintada. Esteja ciente disso. Além de apresentar todos os clichês programados: quem realmente é o vilão, os personagens estereotipados, quem vai sobreviver e os sustos que frequentemente surgem.

O filme foca num grupo de sobreviventes que precisa encontrar uma saída da ilha para poder escapar. Existe uma certa carga dramática por conta de uma das personagens guardar remorsos pelo pai ter virado zumbi, por isso a sua ida até a ilha. Mas o filme deixa esse drama de lado, não trabalha bem a carga emotiva dos personagens e cai no terror bem típico do gênero, com perseguições, tiros e gente sendo mordida (apesar da carnificina ser bem leve aqui, nada grotesco).

No final o filme tenta explicar qual é, na verdade, o segredo que a proprietária do lugar guardava a sete chaves, mas é em vão e isso não acrescenta muita coisa à trama.

Mesmo com tantos clichês e sem nada novo no gênero, O Rezort segura o espectador mesmo que ele saiba o final antecipadamente. O filme conta com exóticos cenários da ilha (as belas locações foram feitas no País de Gales) e consegue fazer um contraste entre o luxo (a beleza e a tecnologia da instalação) e a degradação (os lugares onde os zumbis ficam aprisionados). É um entretenimento efêmero, indicado apenas para os fãs de filmes de zumbis exagerados, mas há outras opções melhores para se ver.

:: NOTA: 4,5


NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano:
Isaac Lima:
Luciano Ferreira:

MÉDIA: 4,5


:: LEIA TAMBÉM:
ATERRORIZADOS (ATERRADOS, 2017)
HIDDEN (HIDDEN, 2015)


::FICHA TÉCNICA:

Gênero: Terror, Thriller
Duração: 93 minutos
Direção: Steve Barker
Escrito por: Paul Gerstenberger
Produzido por: Nick Gillot, Karl Richards, Charlotte Walls
Elenco: Dougray Scott, Jessica De Gouw, Martin McCann, Elen Rhys e outros
Data de lançamento: 22 de Abril de 2016 (USA)
Censura: 16 anos
IMDB: The Resortz

 


:: Assista ao trailer oficial :

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