‘Revival’, o que esperar da nova série de zumbis do canal SyFy


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Com oito episódios semanais, ‘Revival’ retoma o tema dos mortos-vivos

Falar de séries de zumbis nos traz de imediato, e inevitavelmente, à lembrança The Walking Dead (2010-2022), a série do canal AMC que terminou inconclusa e frustrante, mas que gerou outras seis (!) séries ou spinoffs. Mas Revival, a recém lançada série de zumbis do canal SyFy, está mais próxima do estilo de mortos-vivos de Les Revenants (2012-2015) – série francesa em que pessoas falecidas retornam à vida , que inclusive ganhou uma versão americana The Returned -, e Ressurrection (2014-2015).

Revival estreou no canal de TV SyFy no dia 12 de junho e terá oito episódios. A série é baseada na história em quadrinhos homônima, de 2012, escrita por Tim Seeley e desenhada por Mike Norton. A adaptação da série é dos co-showrunners Aaron B. Koontz e Luke Boyce, que atuam como produtores executivos com Lance Samuels, Daniel Iron, Samantha Levine, Neil Tabatznik, Daniel March, Melanie Scrofano, Greg Hemmings, Stephen Foster e Amanda Row.

A sinopse oficial da série informa que “Em um dia milagroso na zona rural de Wisconsin, os recém-falecidos ressuscitam repentinamente de seus túmulos. Mas esta não é uma história de zumbis, pois os “revividos” aparecem e agem como antes. Quando a policial local e mãe solteira Dana Cypress é inesperadamente lançada no centro de um brutal mistério de assassinato, ela precisa desvendar o caos em uma cidade tomada pelo medo e pela confusão, onde todos, vivos ou mortos-vivos, são suspeitos”.

No episódio piloto ‘Don’t Tell Dad’, uma estudante está no necrotério fazendo uma reportagem sobre profissões incomuns, quando repentinamente os mortos retornam à vida. Chamada para investigar o que está acontecendo, a policial Dana Cypress (Melanie Scrofano), se depara com várias pessoas recém falecidas circulando atônitas na região próxima ao cemitério local.

A primeira coisa que chama a atenção em Revival é o tamanho reduzido desse primeiro episódio, cerca de 45 minutos. Também o ritmo acelerado como os acontecimentos se desenvolvem, com a edição fazendo cortes totalmente abruptos nas cenas, e deixando até sem sentido algumas situações. Essa opção por acelerar os acontecimentos gera a sensação de um amontoado de eventos desconexos, jogados na tela e sem um desenvolvimento mais cuidadoso para situar o espectador. Exemplo disso é o salto no tempo entre o retorno dos mortos, a quarentena e o retorno destes ao convívio.

Por esse primeiro episódio também dá pra perceber que a série vai transitar entre o drama, o mistério, o Sci-Fi e alguma dose de suspense, entremeando alguns momentos de humor, algo que nem sempre é bem vindo no gênero. Ao que parece, também não veremos cenas grotescas de zumbis descarnados ou em decomposição, algo que se tornou até comum em TWD, já que Revival indica uma produção mais modesta e com um outro tom. Com alguns efeitos, mas a aposta maior será estilo investigativo e foco no drama dos personagens. É uma suposição que só saberemos ser correta ao longo do restante da temporada, que finalizará no dia 31 de julho.

Com episódios lançados semanalmente às quintas-feiras, Revival tem em mãos um tema já bastante explorado em filmes e séries, não sendo fácil sua missão de segurar a audiência trazendo algo novo ou surpreendente ao gênero. Não conseguiu nos empolgar em seu episódio piloto, que é justamente aquele em que muitas pessoas costumam se basear para seguir adiante ou não em um show de TV. A própria construção dos personagens e sua relação, até aqui, pareceu também rápida, forçada e repleta de clichês, vide a relação conturbada entre Dana, a protagonista da série, e seu pai, Wayne (David James Elliott), o xerife local.

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Um ponto interessante de Revival é o clima noir e as referências musicais. Não deixa de ser surpreendente uma protagonista citando The Cure e ouvindo Cocteau Twins em alto e bom no carro – talvez o momento melhor momento do episódio.

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