FEIRA NOISE 2017 – DIA 1 (SEXTA-FEIRA)
Line-up do dia e horário previsto
Tito Pereira (Abertura) 19:00
Sofie Jell 19:40
A Vez das Minas 20:10
Drik Barbosa 20:50
Lupa 21:40
ÁttooxxÀ 22:20
Duo Finlândia 23:20 (Cancelado)
Letrux (Encerramento) 00:00
Chegamos para a 8ª Edição do Festival Feira Noise por volta das 20 horas. Tito Pereira e banda já estavam preparados no Palco Sertões. Enquanto isso, no Palco Spotify, a banda ÁttooxxÀ, ainda passava o som.
A programação para essa noite, assim como no ano passado, era a mais eclética, indo do jazz ao rock, passando pelo rap, pop, e de forma inusitada, pelo “pagode eletrônico”.
No aguardo do começo do evento, inicialmente programado para as 19:00h, demos uma volta pela Arena do Centro de Cultura Amélio Amorim, observando o que o festival trouxe de mudanças em sua oitava edição, além desse segundo palco já citado, menor, mais próximo do público e localizado na parte superior da arena, após a arquibancada. Por conta disso, essa edição não trouxe a tenda onde aconteciam discotecagem e outras intervenções musicais nos intervalos entre as bandas. Com o segundo palco, a organização apostou na dinamização das apresentações como forma de ganhar tempo entre um show e outro.
Nos stands, salão para corte de cabelo, estúdio de tatuagem, artesanatos, e opções gastronômicas (poucas) e de bebidas (suficiente). Na frente do palco principal (o Spotify), a utilização de uma pequena grade de proteção.
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Pouco antes das 21:00h, Tito Pereira e sua banda abriram os trabalhos apresentando uma mistura de jazz com elementos de música regional, caribenha, samba e MPB. Fizeram um set de aproximadamente quarenta minutos, com direito a versão para a clássica canção “Take Five” e outra para uma música de Chick Corea. O público presente ainda era pequeno e muita gente ainda estava chegando quando o músico terminou sua apresentação.
Com uma mudança na programação inicial, a cantora paulista Drik Barbosa foi a segunda atração da noite, iniciando seu show às 22:03h. No palco, além da cantora, uma banda de apoio reduzida a um backing vocal (irmã da cantora), um DJ e mais um baixista, que se revezava também na guitarra. A cantora, com suas letras de protesto e mescla de rap com Rhythm and blues ou R&B, atraiu grande parte do público presente para próximo do palco e aqueceu a noite. Com boa interação com o público, Drik tocou faixas de seu EP “Espelho” e fez um show marcado pelo diálogo com a platéia, além de mandar mensagens contra discriminação e o preconceito. Visivelmente feliz por estar no Festival sendo tão bem recebida, Drik fez um show de pouco mais de uma hora.
O uso do segundo palco mostrou a sua importância, com um curto espaço de tempo, o grupo feirense A Vez das Minas deu continuidade ao evento, iniciando seu show no palco Sertões. Formado apenas por garotas, são três vocalistas, e uma DJ, as garotas (Storm, Criolafro e Tulipa Negra) apresentaram seu rap (rythmn and poetry) com letras/poesias contra discriminação e sobre empoderamento, mostrando que são boas nas rimas. Tocaram cerca de quarenta minutos.
A banda feirense Sofie Jell subiu ao palco Spotify perto da meia-noite, trazendo um power trio de referências noventistas e fazendo jus ao nome do Festival, com guitarras pesadas e perfeito domínio técnico na execução de suas canções. Embora a recepção do público possa ser descrita como dispersa (primeira parte do paradoxo), mesmo com o vocalista Lucas Laudano chamando a galera para se aproximar do palco. Com boa presença de palco, apresentaram um set de cerca de quarenta minutos, com direito aos singles “Ground” e “Queen”, esse último lançado recentemente.
Já era madrugada de sábado quando a Lupa, quinteto de Brasília, soltou no ar sua música de pegada eminentemente dançante. Fizeram o show mais divertido dessa primeira noite do Festival. Um dos destaques da banda é a interação que o vocalista Múcio Botelho busca com o público durante todo o show, brincando e fazendo com que ninguém fique parado. Apresentaram faixas de seu álbum “Lupercalia” além de um cover de “Ideologia”, de Cazuza. Musicalmente a banda segue por um pop/rock e canções dançantes com influências de Foals a Franz Ferdinand, e letras sobre relacionamentos e teor sexual, como na ousada “Justo Eu”. Por instantes o palco pareceu pequeno para a agitação que a banda provocou.
A ÁttooxxÀ começou seu show às 2:20 de sábado e colocou roqueiros e não roqueiros para balançar o quadril e rebolar, sendo a atração que atraiu maior público para perto do palco (99.9% dos presentes – segunda parte do paradoxo) para dançar o seu pagodão eletrônico, nesse sentido, pode-se dizer que foi “a apresentação da noite”, o que para alguns pode até parecer inusitado, mas fala muito sobre o perfil do público presente nessa primeira noite, quiçá do Festival. No palco, dois vocalistas, um guitarrista exímio em efeitos e timbres diversos, um DJ e uma dupla de percussionistas. Fizeram um show de pouco mais de uma hora, com direito ao seu hit “Popa da Bunda” e, na saída do palco reclamaram do atraso do início de sua apresentação.
Entre 2:20 e 3:00 da madrugada, com uma parte do público tendo já se retirado e outra aguardando o show da Letrux, o intervalo entre uma banda e outra pareceu uma eternidade. Era 3:00h da madrugada quando deixamos a arena e, por isso, não assistimos a apresentação.
:: Cobertura do dia por:
Luciano Ferreira
Grande cobertura, Luciano! Com exceção do ÁttooxxÀ [acho que ecletismo tem limite!!!] pretendo ir, aos poucos, dar uma chance às bandas citadas. Abraços e vida longa ao Urge!