A Netflix autorizou a produção de uma temporada completa da série baseada em ‘Black Hole’, adaptação da graphic novel de Charles Burns
A Netflix deu sinal verde para uma adaptação televisiva de Black Hole — a cultuada graphic novel de Charles Burns — com Jane Schoenbrun (diretora/roteirista de I Saw the TV Glow) escalada para escrever e dirigir. O projeto saiu vencedor de uma disputa entre estúdios/streamers e será produzido com a New Regency e Plan B entre os parceiros. Pulando etapas que geralmente acontecem na produção de uma série, a gigante dos streamings autorizou a produção de uma temporada completa.
A descrição oficial da Netflix diz o seguinte:
“Há um velho mito que assombra a aparentemente perfeita cidadezinha de Roosevelt: se você fizer sexo muito jovem, contrairá o bug do “,” um vírus que literalmente o transforma em um monstro“de ” de seus piores pesadelos. Absurdo, né? Era o que Chris sempre supunha, até que, depois de uma noite imprudente no início do último ano, ela se vê infectada. Agora ela será expulsa para a floresta para viver com os outros infectados, onde surge uma nova ameaça arrepiante: um serial killer que os está caçando um por um”
Ainda não há maiores informações sobre elenco, quantidade de episódios e nem previsão de data de estreia. Mas desde já é uma notícia que empolga os fãs da revista.
Sobre a Graphic Novel
Black Hole é uma graphic novel voltada para o público adulto, geralmente classificada como “terror existencialista”. Foi lançada em formato de uma série limitada com 12 edições, originalmente publicadas entre 1995 e 2005 nos EUA pelas editoras Kitchen Sink Press (início) e depois Fantagraphics Books. Black Hole foi traduzida para português e lançada em dois volumes pela Conrad Editora em 2007; a DarkSide Books relançou numa edição capa dura em 2017 em volume único.
Toda em preto e branco e com tons sombrios, a história é ambientada num subúrbio de Seattle, nos Estados Unidos, em meados da década de 1970. Mostra uma incurável doença sexualmente transmissível misteriosa que atinge adolescentes, causando mutações físicas estranhas.

Black Hole tem uma narrativa intrincada e sequências ambíguas, misturando sonhos com alucinações, algumas provocadas pelo uso de drogas, além de lidar com diversas linhas temporais. Gira em torno das descobertas da juventude, lidando às vezes de forma brutal com temas como deslocamento (principalmente), angústia, tédio, e outros dramas comuns na adolescência.
A sinopse da graphic novel diz o seguinte:
“Nos arredores de Seattle, em meados da década de 70, um espectro sem nome ronda os pensamentos dos adolescentes locais. uma praga insidiosa se dissemina pelo contato sexual e parece não poupar ninguém. Em cada um dos infectados, ela se manifesta de forma diferente – enquanto alguns se safam com simples manchas na pele, outros se transformam em aberrações, criaturas deformadas, vagas lembranças do que foram um dia. Para esse, não resta alternativa a não ser o auto-exílio em acampamentos precários, afastados da civilização”.
Tentativas anteriores de adaptação
No início dos anos 2000, várias adaptações de longa-metragem estavam em andamento – uma com o diretor francês Alexandre Aja com o co-roteirista de Pulp Fiction, Roger Avary, escalado para adaptar o roteiro. Uma outra adaptação também era prevista para em 2008, que seria produzida pela Paramount Pictures e dirigida por David Fincher. Entretanto, foi a New Regency e a produtora Plan B, de Brad Pitt, que adquiriram os direitos do título em fevereiro de 2018. Inclusive pretendiam produzir um filme com roteiro e direção de Rick Famuyiwa, o que não se concretizou.
A série terá dentre os produtores executivos o próprio Charles de Burns.
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