CRÍTICA | Belako – Plastic Drama


belako band

Com sonoridade enérgica, Belako embarca no espírito DIY em ‘Plastic Drama’

Em 2020, muitos grupos espanhóis foram revelados ao mundo. Hinds e Melenas foram dois grupos que ganharam destaque sobretudo na internet e que já receberam a devida atenção aqui no site. Belako, que surgiu em Mungia (município que faz parte do País Basco), é mais um grupo que dá as caras com trabalho novo neste ano. O quarteto chega quase a uma década de existência e lança o quarto disco, Plastic Drama.

O grupo foi formado pelos irmãos Billelabeitia: Josu (guitarra, baixo, teclados, vocais) e Lore (baixo, teclados, vocais). Porém, ambos sentiram a necessidade de escoltar uma vocalista e também tecladista, é quando surge Cris Lizarraga. Ibon Urizar ocupou a bateria, mais tarde sendo substituído por Lander Zalakain.

O quarteto começou lançando algumas demos sem muito estardalhaço dentro da própria Espanha, assim como participou de festivais pelas cidades do país. A partir do álbum Render Me Numb Trivial Violence (2018), passaram a fazer turnês na Ásia, América do Norte e outros países da Europa.

A sonoridade é repleta de energia, deixando transparecer o verdadeiro espírito DIY. O Punk, Pós-Punk e a New Wave são influências maiores para os espanhóis.

A guitarra é marcante na maioria das faixas, sem tempo para dar fôlego ao ouvinte seja na abertura com “Tie Me Up” ou “The Craft” pegando semelhanças com Sonic Youth e Pixies com direito a faixa mudando de rotação nos instantes finais, terminando de forma bizarra de propósito. Para quem gosta de uma cozinha que hipnotiza e que dita as regras da canção, “Al Nerve” é uma boa opção com uma linha de baixo grudenta.

A vocalista Cris Lizarraga se mostra uma cantora performática. Em “Sirène” canta em francês, na faixa “Truth” assume uma postura mais explosiva, absorvendo os aprendizados corretos do Punk. “Plastic Drama”, canção do disco que se aproxima da New Wave 80’s, coloca a voz de Cris num clima sintonizado próximo a Eletrônica.

Belako chega enérgico e colocando seus aprendizados da escola Punk/Pós-Punk em dia mostrando que ainda tem fôlego para alcançar mais espaço no cenário musical. Plastic Drama coloca isso em prática.

DESTAQUES: “Al Nerve”, “The Craft”, “Plastic Drama”

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O ÁLBUM:


O VIDEOCLIPE DE “SIRÈNE”:

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