“Nova versão de Resident Evil 2, da Capcom, é mais do que um remake, é praticamente um novo jogo”
Com o sucesso do remake de Resident Evil 1, os fãs da série pediam uma chance para o remake da sequência. Tudo então não passava de especulações, inclusive um fã chegou a fazer um jogo imaginando como seria essa nova versão. Até que a notícia real chegou, o jogo estava em produção e em 25 de janeiro desse ano ele chega para a alegria dos jogadores.
O estardalhaço não foi em vão. Até hoje, o segundo jogo é um dos preferidos dos jogadores que curtem a série. Seja pelo impacto que causou, ou até mesmo pela carismática dupla de personagens protagonistas: Leon Scott Kennedy e Claire Redfield (que sempre tiveram importância nos jogos posteriores). O jogo também dá início a uma nova dinâmica na franquia, seja pela entrada de inimigos novos e maiores, seja por dar continuidade a um clássico que inspirou toda uma geração de jogadores e até mesmo de produtores de jogos.
A demo já se inicia na delegacia. De cara, o jogador se lembra do imponente hall com estátuas gigantescas, com tudo revirado de pernas pro ar. Apesar de saber qual era o caminho a ser tomado, a concepção do jogo muda, entregando ao jogador uma nova história, outra ambientação, mais sustos, mantendo o mesmo clima de survival horror que consagrou os primeiros jogos (e que a partir do quinto jogo foi saindo um pouco de cena).
Importante é desfrutar a demo sem se preocupar com tempo e com possíveis mortes, apesar dos 30 minutos permitidos. Observar os detalhes que são muitos: corpos ensacados, sangue nas paredes, portas quebradas, salas desarrumadas. A iluminação também está caprichada e o uso da lanterna para andar por alguns corredores trouxe ainda mais o clima de claustrofobia e do terror iminente a cada canto.
Alguns personagens da primeira versão surgem aqui, como o policial Marvin, porém recebem mais destaque e ganham mais importância dentro de um contexto novo. O uso da faca como defesa também acrescenta mais estratégia na jogada e te faz poupar munição em certas ocasiões. Ainda existe a adição de pólvora para criar munições em variadas combinações e pelo cenário encontramos tábuas que servirão para barricadas em portas e janelas. Mudanças bem-vindas que não tiram a essência do jogo original.
A movimentação do personagem pode parecer estranha, a principio, sobretudo para quem se acostumou com a velocidade dos últimos jogos da série. Contudo, voltar a fazer um personagem mais humano e verossímil aumenta o temor sobretudo próximo a hordas de inimigos. Em duas mordidas você pode estar com sua vida em risco, voltando a dar valor ao quesito sobrevivência de 20 anos atrás.
No mais, a mira é boa. Bem ajustada. A jogabilidade não causa problemas mesmo quando o combate é extremo. A câmera funciona bem. Baús, máquinas de escrever e os velhos itens de cura continuam atuais e necessários. Até a presença de alguns compartimentos que não existiam na versão original como banheiros acrescentam mais exploração para o jogo (que não podemos negar era bastante linear em sua primeira versão).
A demo acaba com aquele gostinho de curiosidade e satisfação. Valeu o efeito de convencer o jogador a esperar por esse remake (ou jogo novo como disse a Capcom). Um dos lançamentos mais aguardados de 2019, Resident Evil 2 será muito falado nos próximos dias, venderá muito (apesar de um preço ainda salgado para as condições de mercado brasileiro, R$ 250,00 reais), mas que de certa forma revitaliza a franquia como muitos jogos já deveriam ter feito.
:: NOTA: 9,5
:: LEIA TAMBÉM DE EDUARDO SALVALAIO: ONRUSH (ONRUSH, 2018)
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NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano: –
Isaac Lima: –
Luciano Ferreira: –
MÉDIA: 9,5
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::FICHA TÉCNICA:
Desenvolvedora: Capcom
Publicado por: Capcom
Gênero: Survival Horror
Duração: 0 a 30 minutos
Classificação: 18 anos
Preço: Gratuito
Plataforma: PS4, Xbox One, PC
Lançamento: 11 de janeiro de 2018 (a demo poderá ser conferida até dia 31 de janeiro)
Mais Informações: Capcom
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:: Assista abaixo ao trailer do jogo:
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