Scarlet Youth é um quinteto finlandês formado por membros de quatro outras bandas (Iconcrash, ShamRain, Kemopetrol e Sidewaytown). Já haviam aparecido por aqui em 2009 com o EP ‘Breaking the Patterns’, um aperitivo que abriu o apetite para o álbum cheio, Goodbye Doesn’t Mean I’m Gone. No EP eles tanto enveredavam por um lado de guitarras escalando as alturas como por um outro atmosférico, vide o uso de camadas de teclados.
Em ‘Goodbye Doesn’t Mean I’m Gone’ as opções são as mesmas, com o lado mais denso e atmosférico prevalecendo. Os vocais de Markus Baltes (Sidewaytown) são como sussuros, em dados momentos exalam certa melancolia.
A abertura com ‘Sofia C’ pode assustar, pois foge completamente da sonoridade habitual do grupo, remetendo inclusive ao gótico do The Mission, mas é só entrar ‘Catch Me When I Fall’ que começamos a reencontrar o som do grupo: ondas de guitarras e camadas de teclados se revezando numa viagem hipnótica.
Ao contrário de muitas bandas dream-pop, as opções do Scarlet Youth em seu primeiro álbum não é prestar homenagens aos ícones shoegaze noventistas, optam, e já haviam deixado isso claro antes, por buscar caminhos dentro de um estilo que muitos insistem em afirmar que está esgotado, para isso chegam a deixar de lado as guitarras, compondo uma canção como em ‘I’ll be Waiting’, em que baixo e teclado são os elementos chave.
Outra opção é por trabalhar um lado mais melódico, integrando a sua sonoridade dedilhados sutis de guitarra, como nas faixas ‘Between Summer and Spring’ e ‘Twilight Room’, além do baixo geralmente estar em primeiro plano.
O resultado é um álbum denso que por vezes lembra ‘Disintegration’, do The Cure, só que com um acento dream-pop.
:: NOTA: 8,0
:: FAIXAS:
01. Sofia C
02. Catch Me When I Fall
03. Farewell Ghosts
04. I Will Be Waiting
05. Between Summer And Spring
06. Somewhere
07. Twilight Room
08. Walls Of Freedom
09. Night Falls Over London
10. Sunshowers
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