CARTER VAIL | Red Eyes


Foto do músico Carter Vail

“Red Eyes é praticamente um compêndio da música Indie feita na década de 2000.”

Ele tem 23 anos. É filho de pai americano e mãe sul-africana. Enquanto fazia a Universidade de Miami, o músico seguia elaborando algumas canções, de forma intimista e alheio a divulgações. Em 2018, seu primeiro single surge, “Melatonin”. Carter Vail passou a receber mais apoio de sites e redes sociais se dando ao direito de agora, em 2020, lançar seu début.

O cantor segue por uma sonoridade que não embarca em novidades sonoras, não quer buscar originalidade. A verdade é que a maioria das faixas de Red Eyes tende a seguir pelos refrões rápidos e grudentos preenchidos por melodias que, embora simples, convencem e até fazem o ouvinte sair cantarolando pelas ruas, tudo direto, sem complexidade (“Tigers On Trains” e “Milk Carton”).

Estamos falando de um álbum bem fácil de ser assimilado na primeira audição, que, inclusive, passará para muitos ouvintes associações diretas com a década de 2000 da música Indie.

Podemos lembrar de diversas bandas que eclodiram dentro desse cenário e que hoje são notórias. “Guest Room”, com sua melodia grudenta e sem firulas, lembra The Decemberists, enquanto “Drive Home” parece seguir um modelo mais aproximado do Okkervil River juntando o Indie Folk com aquela carga mais Rock.

Em “A Fine Way To Close”, Carter Vail foge do padrão Indie-Rock para criar um panorama mais etéreo colocando camadas vocais e dando chances a elementos orquestrados, faixa essa que pode indicar uma aproximação do cantor com outros experimentos sonoros para o futuro ou conforme o músico for adquirindo mais experiência e contato com outras sonoridades.

Embora 90% de Red Eyes foque muito em 15/20 anos atrás e o músico não tenha ainda criado sua própria identidade sonora, estamos diante de um álbum com canções redondas e de um trabalho acima da média sobretudo para um músico estreante bem jovem que parecia compartilhar sua horas de folga na universidade com a dedicação pela música.

NOTA: 6,5

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NOTA DOS REDATORES:
Eduardo Juliano:
Isaac Lima:
Luciano Ferreira:
Marcello Almeida:

MÉDIA: 6,5


LEIA TAMBÉM:

RESENHA: OKKERVIL RIVER | In The Rainbow Rain (2018)
RESENHA: THE DECEMBERISTS | I’ll Be Your Girl (2018)


::FAIXAS:

01. A Fine Way To Star
02. Andrew (Revisited)
03. Tigers On Trains
04. Guest Room
05. Melatonin
06. Velvet
07. Pontiac
08. Death By Telephone
09. Milk Carton
10. Drive Home
11. A Fine Way To Close


:: Ouça o álbum no Spotify:


:: Assista ao videoclipe de “Melatonin”:

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