Será que os austríacos conseguirão avançar mais na carreira após o segundo disco?
O debute do quarteto, intitulado ‘Young’, chegou em 2015. Ficaram alojados num monastério e quiseram logo provar que tinham méritos e chances de ir além. O álbum recebeu alguns elogios, e a banda passou a ser observada. Três anos depois, o que para muitos é considerado uma prova de fogo, chega o segundo trabalho. ‘Goods/Gods’, na primeira audição, lembra muito da eletrônica experimental do Radiohead em ‘Kid A’ (exemplo de ‘Idioteque’). Ouvindo a convidativa abertura de ‘Phantom/Island’, tudo indicaria que sim. Mas vamos paramos por aí nessa comparação, muito do álbum traz a indie eletrônica inteligente, que tenta resvalar para múltiplos lados: da soul music (‘Imagine/Many Lives’) até a ambient (vide ‘Do You Often Think About/’ com seu piano emotivo). Mas não só Radiohead, percebemos claramente outras influências para o quarteto como Jamie XX, Rhye, James Blake e The Weeknd. Isso é muito bom, pois o resultado final não parece totalizar nenhuma dessas influências, acaba soando bem multifacetado. Os austríacos compõem onze faixas bem lapidadas inclusive na riqueza instrumental (como os sopros de ‘Take/Care’) onde o importante é experimentar e fugir de um padrão comum e monótono. Com ‘Goods/Gods’, o Hearts Hearts prova que a carreira pode ir mais além. Os ouvintes devem ficar atentos, sobretudo fãs da eletrônica com cérebro e suas variações que fogem do pragmatismo musical.
::FAIXAS:
01 – Phantom/Island
02 – Goods/Gods
03 – To Have/To Be
04 – +/-
05 – I Was There/Noone Came
06 – Do You Often Think About/
07 – Sugar/Money
08 – Imagine/Many Lives
09 – Take/Care
10 – I/O
11 – Present/Tense
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:: Assista abaixo ao vídeo de ‘Goods/Gods’:
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