Johnny Marr critica censura e defende presença do Kneecap no Glastonbury 2025


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CRÉDITO: Shirlaine Forrest/WireImage/Getty Images

Johnny Marr usou as redes sociais para alertar sobre os pedidos de censura ao Kneecap no Glastonbury e se posicionou sobre a questão Palestina

Em um comunicado, o músico Johnny Marr (ex-guitarrista do The Smiths) saiu em defesa da participação do grupo irlandês de Hip Hop Kneecap no prestigiado festival britânico anual. O grupo de Belfast está envolvido em polêmicas diversas, inclusive por declarações e atitudes em seus shows, e por se posicionarem abertamente pró Palestina e contra Israel, os Estados Unidos e a Inglaterra (SAIBA MAIS ABAIXO).

Marr lembrou que o festival de Glastonbury sempre primou por seu aspecto político e de liberdade: “Toquei em Glastonbury muitas vezes e o festival sempre teve um aspecto político”. E relembrou a apresentação que fez com os Smiths: “Foi fundado como um espaço de liberdade de expressão e ativismo político, e é fato que concordei em tocar lá com o The Smiths em 1984 simplesmente porque, na época, era um ato político”.

No mesmo comunicado, Marr defendeu a liberdade de posicionamento político dos artistas: “Estamos vivendo tempos muito difíceis, mas para qualquer pessoa que tenha se interessado por mim ou pela minha música nos últimos 40 anos, sinto que minha posição política sempre foi muito clara. A opressão teme a expressão artística. Respeito todos os músicos que usam sua plataforma para se manifestar contra a injustiça, que promovem a compaixão e a igualdade e dão voz aos que não têm voz”.

O guitarrista concluiu se posicionando a respeito da situação Palestina: “Estou ao lado do meu público e dos meus colegas músicos que pedem o fim imediato das atrocidades e uma Palestina livre”.

ENTENDENDO AS POLÊMICAS DO KNEECAP

Envolto em uma série de situações polêmicas, com vários shows cancelados nos últimos meses, afirmação de censura no Coachella, e dispensados por seu agente nos Estados Unidos, o grupo irlandês de Belfast Kneecap está no olho do furacão e tem atraído a atenção mundial por suas atitudes e afirmações em shows, incluindo o posicionamento político pró Palestina.

Mo Chara (nome verdadeiro Liam O’Hara), um dos integrantes do Kneecap enfrenta uma ação judicial de terrorismo no Reino Unido por ter exibido uma bandeira em suposto apoio ao Hezbollah em um show no Fórum O2 em Kentish Town, norte de Londres, em 21 de novembro de 2024 , segundo a polícia a atitude é “de tal forma ou em tais circunstâncias que despertassem suspeita razoável de que ele é um apoiador de uma organização proscrita”.

O comando antiterrorismo da polícia metropolitana do Reino Unido tomou conhecimento de um vídeo  em que o grupo aparece gritando frases como: “O único bom conservador é um conservador morto. Mate seu parlamentar local” e “para cima Hamas, para cima Hezbollah”. Segundo a legislação britânica, é crime mostrar apoio a grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah no Reino Unido, onde ambos são proibidos.

Em um comunicado, a banda se defendeu das acusações: “Sejamos inequívocos: não apoiamos e nunca apoiamos o Hamas ou o Hezbollah. Condenamos todos os ataques a civis, sempre. Nunca é aceitável. Sabemos disso mais do que ninguém, dada a história da nossa nação… Os verdadeiros crimes não estão em nossas performances; os verdadeiros crimes são o silêncio e a cumplicidade daqueles que estão no poder”.

Já sobre a frase dita sobre os político, o grupo se afirma que ela foi retirada de todo contexto: “um trecho de uma filmagem, deliberadamente retirado de todo contexto, agora está sendo explorado e transformado em arma, como se fosse um chamado à ação”. O grupo também pediu desculpas pela dor causada às famílias dos parlamentares Jo Cox e Sir David Amess, assassinados em 2016 e 2022, respectivamente: “Às famílias Amess e Cox, enviamos nossas sinceras desculpas. Nunca tivemos a intenção de machucá-los”, escreveram no comunicado.

Escalados no festival Coachella 2025, que aconteceu em abril, o Kneecap afirma que parte do seu show foi cortado pela transmissão oficial. Durante a apresentação, o telão projeto frases como: “Israel está cometendo genocídio contra o povo palestino. Isso está sendo permitido pelo governo dos EUA, que arma e financia Israel apesar de seus crimes de guerra. F***** Israel, Liberte a Palestina”.

E não é só sobre a questão Palestina que o grupo tem se posicionado. A situação da Irlanda em relação a Inglaterra é outro ponto que é constante alvo de crítica, recentemente eles compararam as situações: “os irlandeses não são mais tão perseguidos pelos britânicos, mas nunca fomos bombardeados sob os céus sem ter para onde ir”.

 

 

 

 

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