Makthaverskan, o grande nome da música sueca em 2021. Ou Não?


Foto da banda sueca Makthaverskan
Foto | Hilda Randulv

A Suécia é um país de onde sempre surgem novidades musicais surpreendentes, mergulhar no universo de lá é certeza de sempre sair com algumas pérolas. Nesse sentido, recomendamos a coletânea Best of Luxury 2006-2016, do selo Luxury Records. Uma das bandas mais interessantes vindas do país nos últimos anos atende pelo incomum nome de Makthaverskan, nome que segundo a vocalista Maja Milner não tem significado algum: “O nome da banda veio de um amigo de Hugo [baixista/guitarrista] que o inventou e achamos que soava legal, então pegamos. O significado é muito difícil de descrever em inglês, mas é a forma feminina de alguém com muito poder. Makthavare é a versão masculina, então makthaverskan é a versão feminina”. De Gotemburgo, o quinteto foi formado por amigos de escola: Maja Milner, Hugo Randulv, Irma Pussila Krook, Gustav Data Andersson e Andreas Palle Wettmark, e tem três álbuns, preparando-se para lançar no dia 12 de novembro o quarto, För Allting, o primeiro em que terão um produtor, pelo selo Run For Cover Records. Como o ano bissexto, o grupo segue lançando álbuns a cada quatro anos, o último foi Makthaverskan III (Luxury/Run For Covers, 2017), onde apresentavam uma sonoridade mais próxima do álbum de 2013, diferente em relação ao álbum de estreia, ou seja, saindo do Pós-Punk (com conexão com Siouxsie and the Banshees, de quem a banda é fã, assim como Cocteau Twins e Joy Division) para um Indie-Pop que os coloca ali do lado de nomes como os canadenses Alvvays. A marca registrada do grupo são os riffs de guitarras em profusão e a interpretação vocal intensa de Maja Milner, que já afirmou que mesmo quanto tenta fazer uma música alegre acaba soando triste. Hugo e Gustav, tem um projeto paralelo, o também interessante Westkrust e Maja (que mudou para Berlim) tem um projeto chamado Iberia. “This Time”, o single lançado em setembro, é uma das canções mais empolgantes e urgentes de 2021, daquelas que você coloca pra ouvir ao acordar e se sente totalmente energizado, apesar da letra falar de um relacionamento partido; enquanto “Closer”, lançado há alguns dias (12/10) pende para um lado mais sonhador, se aproximando do Dream-Pop. Tudo isso cria boas expectativas em relação ao novo trabalho do grupo e credenciam a banda a se tornar o grande nome da cena musical sueca em 2021. Ou não?


O SINGLE “THIS TIME”:

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