Batman – The Telltale Series (2016)


“A Telltale Games continua com sua fórmula de trazer ícones da cultura pop em narrativas bem estruturadas. Dessa vez, o escolhido foi o Homem-Morcego num jogo repleto de lutas, diálogos e escolhas”

Sam & Max, De Volta Para o Futuro, Jurassic Park, The Walking Dead, Game Of Thrones, Borderlands, Minecraft e, possivelmente em breve, Mr. Robot. O quê eles tem em comum? Além de estarem incluídos como ícones da cultura mundial, todos já fizeram parte de alguma série da Telltale Games. Mas foi com o primeiro The Walking Dead e a garotinha protagonista Clementine que a Telltale apareceu ao mundo de vez e ganhou destaque. Um jeito diferente de jogar, onde participar de escolhas era fundamental, o jogador ditando o andamento da história, quem poderia morrer ou sobreviver, quem apoiar ou mesmo quem julgar.

Claro que esse jeito interativo de jogar agradou muitos jogadores e a outros, nem tanto. Para alguns, a empresa não mudou em outros jogos e tudo virou uma rotina numa opinião de que essa fórmula já está gasta e os jogos são muito baseados em (mais) acompanhar a história do que propriamente jogar. Acontece que a Telltale sabe elaborar um jogo a partir de determinado ícone cultural pop. Dosa humor quando é preciso (‘Tales From Borderlands’), deixa o jogador tenso em situações de perigo (‘Jurassic Park’), por vezes faz ele chorar ao término do episódio (‘The Walking Dead’). A empresa estuda previamente seus personagens, tenta abordar uma narrativa mais influenciada nos quadrinhos e nas novels, e isso acaba sobressaindo na arte típica de seus jogos.

Os 4 episódios de Batman (o quinto ainda está por sair) são repletos de cenas de luta. Tal fato se comprova nos primeiros 15 minutos de jogo em que a ação se estende até a uma grandiosa luta entre Batman e Mulher-Gato no telhado de um prédio. Não apenas isso, a Telltale colocou investigações e puzzles para o personagem da DC resolver, cenas de crimes aonde é preciso ligar as pistas para seguir adiante (apesar de nada complicadas). Outro ponto importante aqui é a importância que a empresa deu à figura de Bruce Wayne, inclusive, o milionário participa de lutas também, passa por maus momentos e o jogador pode até escolhê-lo para diversas partes do jogo (aonde você pode ir como Batman ou Bruce Wayne interrogar alguém).

O jogo flui bem. Os fãs da DC Comics não terão muito que reclamar. Para quem não conhece bastante esse universo, pode também jogar sem medo, a Telltale fez questão de explorar bastante o personagem. Alguns vilões dão as caras (ou começam a dar). Os diálogos são ágeis e inteligentes. Minhas únicas críticas ficam por conta de algumas travadas sobretudo perto dos saves automáticos, porém em vista de outros jogos como ‘Game Of Thrones’ parece que a Telltale suavizou essa questão. Outra coisa que sinto falta é que algumas escolhas influenciassem mais nas narrativas e com alguns personagens. Parece que as escolhas nos jogos da Telltale não são tão mais relevantes assim, inclusive se compararmos o tanto decisivas que elas foram à primeira temporada do jogo ‘The Walking Dead’.

De uma forma geral, ‘Batman: The Telltale Series’ segue por um caminho que incita a nossa vontade de jogar. E quem sabe a empresa siga o mesmo procedimento de ‘The Walking Dead’, lançando mais jogos da série, pois esse é um universo muito abrangente, com muitos personagens/vilões por aparecer. E também, como o notório Batman muito por combater, se arriscar e lutar.

O jogo saiu para PC, Xbox One, Xbox 360, PS3 e PS4. A versão testada foi a do PS3.

Nota: 7,5

IMDB
Site da Telltale Games
Twitter da Telltale Games

Trailer do jogo

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